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Tarifa branca de energia tem adesão de menos de 1% do potencial no primeiro ano Megaexpresso 01/02/2019 - 07:00:00

A nova modalidade de cobrança, em vigor há um ano, garante economia na conta de luz para quem concentrar consumo entre a madrugada e as 17 horas. Se a energia for consumida no horário de pico, porém, custa até o dobro do normal. De acordo com matéria do Estadão e do portal de notícias Terra, apesar dos benefícios, a adesão de consumidores à tarifa branca de energia ainda é baixa – o número de unidades consumidoras que optaram por esse modelo correspondeu a menos de 1% do potencial estimado para o período. Os motivos que explicam o baixo desempenho seriam, segundo especialistas da área, falta de conhecimento e informação, dificuldade de entendimento e riscos envolvidos. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no primeiro ano de vigência da tarifa branca, em 2018, apenas consumidores com demanda superior a 500 quilowatts-hora (KWh) poderiam aderir à modalidade, o que corresponde a um total 3,797 milhões de unidades consumidoras. Desse total, apenas 3.082 consumidores aderiram à tarifa branca até novembro, o que corresponde a 0,8% do potencial. A partir do próximo ano, não haverá mais limites mínimos, possibilitando o acesso ao modelo de cobrança a quase 80 milhões de consumidores residenciais, rurais, comerciais, industriais e de serviços públicos atendidos na baixa tensão, exceto iluminação pública e tarifa social.

Aneel indica multa a ONS e consórcio por apagão de 2018

O Valor Econômico informa que a área técnica da Aneel emitiu dois autos de infração, um para a Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), consórcio formado pela chinesa State Grid e a Eletrobras, e outro para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) com relação ao apagão ocorrido em março de 2018 e que atingiu todas as regiões do país. A autarquia propõe aplicar um total de R$ 11,096 milhões em multas. No caso da BMTE, os técnicos da agência apuraram “falha no processo de manutenção” e “responsabilidade no desligamento em função de desempenho inadequado de sistema de proteção”, com multa proposta de R$ 6,184 milhões. Com relação ao ONS, os técnicos avaliam que o órgão “deixou de observar procedimentos de rede” e que teve “responsabilidade no desligamento em função de desempenho inadequado de sistema de proteção”, com multa indicada de R$ 4,912 milhões. A empresa e o operador terão dez dias, a contar da data de recebimento do documento, para apresentar recurso. A superintendência, então, analisará os recursos e, posteriormente, encaminhará os processos para decisão da diretoria.

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Consumo, energia e serviços públicos lideram na Bolsa

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Enquanto o Ibovespa chegou ao penúltimo pregão de janeiro com valorização de 10,4% no mês, alguns setores da bolsa foram muito além. Empresas classificadas como defensivas no segmento de consumo (18,7%), saúde (14,6%), energia (19,7%) e concessionárias de serviços públicos (18,9%) tiveram valorização em bloco, informa o jornal Valor Econômico. Os dados foram analisados pelo economista Marcelo D’ Agosto, especialista em administração de investimentos.  Para o pesquisador, surpreendeu o fato de os fundos de ações terem se saído relativamente bem do tombo das ações da Vale, na segunda-feira, 28. No primeiro pregão após a queda da barragem da mineradora em Brumadinho (MG), houve um recuo das ações de quase 25%.

PANORAMA DA MÍDIA

A Vale previu a inundação do refeitório e da sede da barragem e desprezou o risco. Em um cenário hipotético, a empresa já sabia que um eventual rompimento de barragem no local destruiria as áreas industriais da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), onde estava parte dos mortos e desaparecidos na tragédia. A informação consta do plano de emergência da barragem, de 18 de abril de 2018, informa a Folha de S. Paulo, em matéria de capa. Procurada pela reportagem, a mineradora se recusou a encaminhar o documento, obtido pelo jornal junto a um dos órgãos oficiais encarregados de recebê-lo.

O Estado de S. Paulo à disputa pela presidência no Congresso, que elege hoje seus novos dirigentes. De acordo com a análise do jornal, os núcleos econômico e político do governo estão divididos quanto às suas preferências. Enquanto a equipe de Paulo Guedes (Economia) apoia Renan Calheiros (MDB-AL) no Senado, confirmado ontem como candidato do partido, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, trabalha pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-PA). Na Câmara Federal, a candidatura do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) tenta a reeleição com ampla base de apoio.

O Correio Braziliense também traz matéria de capa sobre a disputa pela liderança no Senado e na Câmara Federal. O jornal destaca que o interesse do governo no resultado da eleição interna nas duas casas legislativas, a se realizar hoje, está ligado à urgência da aprovação de pautas consideradas prioritárias, como a reforma da Previdência.

No carioca O Globo, a manchete também é sobre política, com foco na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Caberá ao futuro presidente da Assembleia e à futura Mesa Diretora da Casa dar ou não posse a seis deputados estaduais que foram eleitos, mas estão presos preventivamente (cinco deles na Operação Furna da Onça, da Lava-Jato). A posse dos outros 64 deputados está marcada para as 15 horas desta sexta-feira.

As negociações entre o governo paulista e a General Motors (GM), que enfrenta crise financeira e vinha cogitando encerrar as operações no Brasil, avançaram nos últimos dias. A informação está na manchete do Valor Econômico de hoje. O jornal apurou que, no ano passado, a montadora americana teve prejuízo em torno de R$ 1 bilhão no país, mesmo liderando o mercado pelo terceiro ano consecutivo. Nas últimas semanas, iniciou conversas com autoridades do estado para tentar obter incentivos fiscais. Um possível acordo já tem três pontos definidos: a multinacional investirá R$ 9 bilhões entre 2019 e 2022 no mercado brasileiro, sobretudo na modernização da linha de automóveis; a partir de 2023, quando se espera que esse investimento comece a dar bons resultados, havendo aumento na receita de impostos decorrente da elevação das vendas, parte dessa arrecadação será revertida à montadora em forma de incentivos fiscais; além disso, a companhia poderá usar R$ 400 milhões em créditos que diz ter com o governo estadual, desde que comprove esse direito com documentos.

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