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TCU diz que Petrobras vendeu Rlam a preço abaixo do mercado e avalia suspender o negócio – Edição da Manhã

Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) têm cinco dias úteis para analisar se vão pedir a suspensão da venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, pela Petrobras ao Mubadala, fundo financeiro dos Emirados Árabes, anunciada no último dia 24.

O jornal O Estado de S. Paulo informa que o TCU questiona o valor de US$ 1,65 bilhão fechado com o Mubadala, que estaria abaixo do preço de mercado, de US$ 3,04 bilhões, definido pela própria Petrobras. Questionada, a estatal enviou ao tribunal as justificativas por que seu conselho de administração e diretoria aprovaram a venda da refinaria, abaixo desse valor. Com os documentos em mãos, o ministro repassou à área técnica a responsabilidade de analisar o caso.

A reportagem destaca que desde que as negociações com o Mubadala foram concluídas, o valor de US$ 1,65 bilhão, a ser pago pelo fundo, tem sido questionado pelo mercado. O Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) estimou a Rlam em US$ 3 bilhões. Analistas do banco BTG Pactual disser que o total a ser pago pelo ativo está 35% abaixo do limite inferior projetado por eles. A XP Investimentos avalia que, com esse dinheiro, a Petrobras vai conseguir atingir uma parcela muito pequena das suas metas financeiras.

Equatorial expande para o Sul com a compra da CEEE-D

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Em reportagem publicada hoje (01/04), o Valor Econômico analisa a venda da distribuidora da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE-D) para a Equatorial Energia, em leilão realizado ontem na B3. Única participante do certame, a Equatorial ofereceu lance simbólico pelo ativo: R$ 100 mil, que ainda embute ágio de 100% sobre o preço mínimo de R$ 50 mil definido em edital.

A reportagem explica que os baixos valores envolvidos no certame se justificam pelas dívidas bilionárias que a Equatorial assumirá – ao todo, são R$ 4,2 bilhões em passivos da CEEE-D que serão transferidos – e pelos investimentos que o novo controlador terá de fazer para recuperar a saúde financeira e operacional da distribuidora e melhorar a prestação dos serviços de energia elétrica.

Mesmo com essa complexidade, o negócio se torna atrativo, segundo os executivos da companhia ouvidos pela reportagem, pelo próprio perfil da distribuidora. A área de concessão da CEEE-D compreende Porto Alegre e outros 71 municípios gaúchos, uma região rica e que tem potencial para reverter as contas negativas da distribuidora a partir de um “choque de gestão”. Além disso, a nova operação significa uma diversificação regional para a Equatorial. Atualmente, suas atividades estão concentradas no Norte e Nordeste, com perfis diferentes de arrecadação.

Reservas de petróleo do Brasil recuam

As reservas provadas de petróleo do Brasil caíram 6,7% em 2020, na comparação com 2019. De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foram declarados 11,89 bilhões de barris, no ano passado.

A ANP destaca que os impactos da pandemia de covid-19 no desenvolvimento de projetos de exploração e produção de óleo e gás e a produção recorde registrada em 2020 ajudam a explicar a queda das reservas. Em geral, o volume de reservas é impactado negativamente pela produção realizada durante o ano e positivamente pelas reservas adicionais de novos projetos de desenvolvimento e por declarações de comercialidade de descobertas.

Em 2020, o país produziu 1,076 bilhão de barris. E só conseguiu repor 25,6% das reservas, o equivalente a 275 milhões de barris. Enquanto as reservas do pós-sal caíram 24,5%, no pré-sal aumentaram 3,37%, para 8,511 bilhões de barris. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

O Valor Econômico informa que as cotações internacionais das principais commodities exportadas pelo Brasil, como soja, milho, petróleo e minério de ferro, tiveram forte alta no primeiro trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado.

As altas das commodities devem perdurar ao longo do ano e possivelmente chegar até 2022, afirma Sergio Valle, economista-chefe da MB Associados. Além da demanda chinesa, há expectativa de crescimento acima de 6% da economia americana, o que também deve pressionar as commodities metálicas. Também questões de oferta devem contribuir para uma elevação de preços, como os baixos níveis dos estoques de soja nos Estados Unidos.

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O cenário político nacional é principal destaque da edição de hoje (01/04) do jornal O Estado de S. Paulo. Um grupo de seis possíveis candidatos à Presidência da República em 2022 lançou ontem um manifesto em defesa da democracia, da Constituição Federal de 1988 e contra o autoritarismo. O manifesto é assinado pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), pelo apresentador de TV Luciano Huck, pelos ex-candidatos presidenciais em 2018, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e João Amoêdo (Novo), e pelos governadores tucanos João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS).

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O presidente Jair Bolsonaro escolheu para o comando das Forças Armadas oficiais- generais com perfis complementares, respeitando critérios de antiguidade caros aos militares. Para chefiar o Exército, indicou o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Para a Marinha, o almirante Almir Garnier, Na Força Aérea, o brigadeiro Carlos Almeida Baptista Jr. (Folha de S. Paulo e O Globo)

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O avanço da pandemia no Brasil também é destaque nos jornais de hoje (01/04). A Folha de S. Paulo informa que, em mais um dia trágico da pandemia descontrolada no Brasil, foram registrados 3.950 mortes pela Covid, número recorde. A média móvel também voltou a alcançar, pelo sexto dia seguido, o maior valor registrado, 2.971 mortes por dia. O mês de março também foi recorde absoluto na pandemia, com 66.868 mortos por Covid, mais do que o dobro do 2º mês com mais óbitos, julho de 2020 (32.912 mortes).