O Valor Econômico informa que o ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), deve propor hoje (15/12) uma nova rodada de ajustes na privatização da Eletrobras antes de autorizar o prosseguimento do processo. Se a sugestão sair vencedora do plenário, o cronograma do governo para a desestatização da companhia será comprometido.
Segundo o Valor apurou, o relator vai apontar a falta de informações suficientes acerca da precificação da empresa. Ele também deve questionar os parâmetros usados no cálculo do valor adicionado dos contratos e a ausência de estudos sobre as garantias físicas das usinas hidrelétricas pertencentes à Eletrobras.
CDE: encargo pode disparar e puxar alta de energia
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indicou ontem que um dos principais encargos da conta de luz, representado pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), poderá aumentar em 47% em 2022. Isso ocorre porque o déficit no orçamento da conta para o ano que vem pode atingir R$ 28,791 bilhões. O saldo negativo deste ano, já considerado alto, ficou em R$ 19,574 bilhões.
Reportagem do Valor Econômico explica que a CDE é usada em programas de desenvolvimento do setor energético. Se confirmada a previsão de déficit no orçamento da CDE, o encargo isoladamente produzirá um impacto tarifário médio de 4,19% nas regiões Sul, Sudeste e CentroOeste e de 2,13% no Norte e no Nordeste.
O diretor da Aneel Hélvio Guerra, relator da matéria, falou que há a expectativa de que o plano de privatização da Eletrobras seja concretizado para que entre uma receita adicional da ordem de R$ 5 bilhões e, assim, o impacto tarifário seja amenizado. O encargo da CDE representa cerca de 10% da composição final da tarifa calculada nos reajustes aprovados anualmente para cada distribuidora. A atualização ano a ano das tarifas considera ainda a variação de custos com geração, transmissão e distribuição de energia, além de outros encargos.
Novos critérios para chamada pública de GD
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem (14/12) a alteração da norma referente às condições para a contratação da energia elétrica proveniente de Geração Distribuída (GD), informa o portal Paranoá Energia.
A agência definiu, ainda, o modelo para o contrato de GD e definiu os critérios para o cálculo do mínimo custo global, no caso de contratação de geração distribuída com objetivo de reduzir despesas de operação e manutenção ou postergar investimentos em redes de distribuição.
A aprovação da nova resolução ocorre após a Consulta Púbica nº 40/2021, que recebeu diversas contribuições, inclusive durante audiência realizada em agosto deste ano. A ideia principal da alteração diz respeito ao uso adequado dos Recursos Energéticos Distribuídos – RED, seja para fins energéticos ou para fins elétricos, otimizando, nesse caso, o uso e a expansão das redes de distribuição de energia elétrica.
Galp lidera maior projeto de lítio para baterias da Europa
A petroleira portuguesa Galp está juntando forças com a startup sueca de baterias Northvolt para construir a maior unidade de processamento de lítio da Europa, como parte dos esforços para se afastar das operações com combustíveis fósseis.
Chamado Aurora, o empreendimento conjunto, dividido em partes iguais, terá como meta produzir 35 mil toneladas anuais de hidróxido de lítio para uso em baterias, suficiente para gerar uma capacidade de 50 GWh, o que daria para equipar cerca de 700 mil veículos elétricos. A unidade ficará em Portugal, onde está o maior depósito de lítio da Europa Ocidental, e terá um investimento total de até € 700 milhões. (Valor Econômico – com informações do Financial Times)
PetroReconcavo assina contrato com PBGás
O portal Paranoá Energia informa que a PetroReconcavo, produtora independente de óleo e gás onshore, assinou na segunda-feira (13/12) o contrato para suprimento de gás natural com a Companhia Paraibana de Gás (PBGás). O contrato terá a duração de dois anos para entrega de 80 mil m³/dia de gás natural a partir de janeiro de 2022 e 100 mil m³ em janeiro de 2023. O insumo fornecido será produzido nas 32 concessões operadas pela Potiguar E&P, subsidiária da PetroReconcavo no Rio Grande do Norte.
Distribuidoras da Neoenergia iniciam Plano Verão, revisando e modernizando linhas de distribuição
Por meio de suas distribuidoras, a Neoenergia está verificando e atualizando suas linhas de distribuição de energia, como parte do Plano Verão. O foco da companhia são grandes polos turísticos, especialmente no Nordeste, que costumam ter um aumento de consumo de energia de até 66% nessa época do ano, pelo fluxo de turistas e alta temperatura.
O objetivo desta revisão é que a energia chegue até esses lugares com qualidade, sem grandes perdas no meio do caminho. Ao todo, já foram inspecionados mais de 38.000 km de redes. A revisão e atualização ocorrem nas distribuidoras Coelba (BA), Neoenergia (PE), Neoenergia Cosern (RN), Neoenergia Elektro (SP e MS), Neoenergia Brasília (DF). Serão contemplados 76 municípios. As informações são do portal Click Petróleo e Gás.
PANORAMA DA MÍDIA
Após o governo federal liberar R$ 6 bilhões em emendas parlamentares, estendendo o prazo para que sejam empenhadas até 31 de dezembro, os deputados aprovaram ontem (14/12), em primeiro turno, a PEC dos Precatórios por 327 votos a 147 com uma abstenção. (O Globo)
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O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu desobrigar o passaporte da vacinação a quem vive no Brasil e estava fora do país até ontem (14/12). Os residentes, brasileiros ou estrangeiros, que deixarem o país desta quarta-feira (15/12) em diante, porém, só poderão retornar se comprovarem que tomaram o imunizante contra a covid-19. (Folha de S. Paulo)
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O Pix, sistema de pagamentos instantâneos, conquistou um espaço importante no comércio brasileiro e tende a crescer nas vendas do setor. A conclusão é de pesquisa realizada pela escola de negócios da Fundação Dom Cabral (FDC). O levantamento, obtido pelo Valor Econômico, foi feito com 500 varejistas de grande, médio e pequeno portes entre julho e agosto deste ano, em todas as regiões do país.
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O presidente Jair Bolsonaro pressiona o Ministério da Economia a dar reajustes para os policiais, importante base de apoio do seu governo, a partir do ano que vem, quando concorre à reeleição. Segundo cálculos apresentados pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, o custo do agrado às carreiras seria de R$ 2,8 bilhões para os cofres públicos apenas em 2022. Em três anos, somaria R$ 11 bilhões. Em ofício apresentado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, Torres pede adequação no Orçamento do próximo ano como forma de garantir os recursos para um plano de reestruturação das carreiras da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Penal e do Departamento Penitenciário Nacional. (O Estado de S. Paulo)