Ventos acima de 100 km/h atingiram o estado do Paraná ontem (23/10) e derrubaram linhas de transmissão de energia no oeste do estado, o que forçou uma manobra de emergência na usina hidrelétrica de Itaipu para evitar apagão no Brasil e no Paraguai, em consequência da queda de geração.
De acordo com comunicado da empresa, publicado em seu site em espanhol, diversas unidades geradoras do setor 60 Hz foram desligadas devido a uma série de desconexões de linhas de transmissão de 765 kV ocasionadas pelo temporal que atingiu a região entre Foz de Iguaçu e Maiporã, no Brasil.
O acionamento dos esquemas de proteção da usina, após o desligamento das linhas de transmissão, acarretou a redução da geração de energia e do fluxo de água que passa pelas unidades geradoras desconectadas.
O portal de meteorologia Metsul informa que o cenário responsável por temporais no Paraguai e no Paraná foi provocado por dois sistemas meteorológicos. O primeiro é o centro de baixa pressão profundo que atuava ontem, com ar quente no Paraguai e no norte da Argentina. O segundo, uma frente fria que avança pelo sul do Brasil e encontra ar muito quente em sua trajetória, levando à formação de nuvens de tempestade.
Procura por kit gás em veículos aumenta 70% no primeiro semestre, no RJ
O portal G1 informa que os aumentos consecutivos da gasolina provocaram alta de até 70% na procura por kit gás no Rio de Janeiro. O número refere-se apenas ao primeiro semestre deste ano e mostra que a busca por gás natural veicular (GNV) no estado é maior do que a média nacional, que é de 64%.
Os dados são da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e mostram ainda que o gás natural não é só a opção mais barata para muitos motoristas, mas a única alternativa para conseguir rodar de carro. Para cada real gasto com GNV no Rio, o motorista roda duas vezes e meia mais do que com gasolina ou etanol. Ainda segundo a Firjan, de cada quatro carros movidos a gás que circulam no país, três são no estado do Rio de Janeiro.
PANORAMA DA MÍDIA
Reportagem publicada na edição deste domingo (24/10) do jornal O Globo mostra que a criação do Auxílio Brasil, com benefício mensal de R$ 400, mais que o dobro do que a média no atual Bolsa Família, promete ampliar de 14,6 milhões para 17 milhões o contingente de lares vulneráveis atendidos. E o maior impacto será sentido no Nordeste, região onde o presidente Jjair Bolsonaro tem o menor índice de aprovação a caminho da reeleição. A região receberá praticamente metade do valor do Auxílio Brasil: ao menos R$ 36,6 bilhões em 2022, ano eleitoral.
*****
Pelo menos 30 parlamentares destinaram verbas públicas para compras de tratores e máquinas agrícolas sob suspeita de superfaturamento. Os nomes dos deputados e senadores por trás das emendas do “tratoraço” vinham sendo mantidos em sigilo graças a um acordo do Executivo com lideranças do Congresso para viabilizar o orçamento secreto e construir uma base de apoio parlamentar ao governo Jair Bolsonaro.
Uma investigação da reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, com base em planilha interna do Ministério do Desenvolvimento Regional e em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), rastreou, porém, os nomes de políticos que enviaram verbas federais para compras sob suspeita de sobrepreço.
*****
Um estudo sobre desigualdade de renda no Brasil, realizado por economistas do Insper e divulgado hoje (24/10) pela Folha de S. Paulo, mostra que a disparidade na distribuição de recursos no país caiu de forma ininterrupta entre 2002 e 2015, voltando a aumentar em 2016 e 2017, mas para um nível inferior ao da virada do milênio.
Os resultados do novo trabalho indicam que todas as fatias da população adulta brasileira – dividida em cem partes iguais, os chamados centésimos da distribuição – situadas abaixo dos 29% mais ricos tiveram crescimento em suas rendas anuais acima da média nacional de 3%, no período analisado.