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Termelétricas flutuantes já podem operar, garante KPS – Edição da Manhã

Depois de vencer o leilão emergencial de energia de reserva de outubro de 2021 e implantar quatro termelétricas flutuantes na Baía de Sepetiba (RJ), a turca Karpowership Brasil (KPS) enfrenta agora o desafio de colocar o empreendimento para funcionar, conforme indica reportagem do Valor Econômico. A 2ª Vara da Fazenda Pública do Rio de Janeiro barrou o projeto por falta de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (Rima) para o empreendimento, explica a reportagem.

Contratadas no Procedimento Competitivo Simplificado (PCS), no contexto da crise hídrica, as usinas totalizam 560 megawatts (MW) e deveriam ter entrado em operação em maio, mas tiveram data prorrogada para 1º de agosto. A KPS não foi a única a descumprir o cronograma, outras onze de 17 usinas perderam o prazo.

Foi pedido alteração dos cronogramas e excludentes de responsabilidade pelo descumprimento do prazo de implantação das usinas Karkey 13, Karkey 19, Porsud I e Porsud II alegando a desistência da Evolution Power Partners de se conectar à rede de Furnas, atrasos na entrega de insumos e em processos ambientais, entre outros motivos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou os pedidos e abriu processo administrativo para aplicação de eventuais penalidades. As multas podem chegar a R$ 310 milhões.

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A empresa enfrenta ainda a animosidade de mais de 20 organizações que pressionam o Ministério de Minas e Energia (MME) para a rescisão dos contratos. A empresa falou pela primeira vez em entrevista exclusiva ao Valor sobre o processo de licenciamento ambiental e o que ela considera como interferências externas que atrasaram o projeto. A KPS considera descabido deixar à deriva um investidor estrangeiro que se prontificou a socorrer o país de um iminente apagão. “As linhas de transmissão foram energizadas, os powerships (usinas flutuantes) estão no Brasil, estamos prontos para operar. Esperamos que os contratos sejam honrados”, diz a chefe de gabinete da presidência da Karpowership, Beyza Özdemir.

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Novo conselho cria incerteza sobre futuro da Petrobras

A escolha de oito dos onze integrantes do conselho de administração na Petrobras, na última sexta-feira (19/08), por acionistas da empresa reunidos em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) cria incertezas sobre o futuro de curto prazo da estatal, na visão de fontes ouvidas pelo Valor Econômico.

As dúvidas são motivadas pela eleição de nomes indicados pela União e contestados pelos mecanismos internos de governança da companhia. Para interlocutores próximos da Petrobras, os mecanismos criados com o objetivo de defender a governança da empresa, como a Lei das Estatais, foram “estressados” ou desobedecidos. A curto prazo, no cenário da campanha eleitoral, existe a percepção de que a alta administração da Petrobras continuará a reduzir os preços dos combustíveis e poderá fazer trocas na diretoria da empresa, que vem seguindo a política preços alinhados ao mercado internacional.

Geração de energia solar avança quase 40% no ano

O avanço da energia solar segue acelerado no Brasil, com alta de quase 40% no uso da matriz neste ano. O país alcançou 18 gigawatts de potência instalada em agosto, segundo a Associação Brasileira Solar Fotovoltaica (Absolar).

Em julho, a matriz se tornou a terceira no país, atrás apenas de hidrelétricas e parques eólicos. O crescimento abrange instalações de usinas de grande porte e sistemas de geração própria, como projetos pequenos em telhados, fachadas, terrenos e propriedades rurais. De acordo com a associação, nos últimos três meses o Brasil adicionou cerca um gigawatt por mês. Em julho, quando bateu recorde de potência instalada, foram registrados 16,4 gigawatts em geração de energia. (Folha de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

Aumentos de despesas financeiras e de custos diminuíram os lucros das empresas brasileiras no segundo trimestre do ano, a despeito do avanço das receitas. No geral, porém, os analistas consideram os resultados positivos. Levantamento do Valor Data com 386 empresas não financeiras de capital aberto mostra que as receitas subiram 18,2% em relação ao segundo trimestre de 2021, para R$ 780,2 bilhões, num cenário em que parte da alta de custos foi repassada para os preços. Já o lucro líquido caiu 64,4% para R$ 29,1 bilhões. A lista não inclui Petrobras e Vale – pelo tamanho, as duas acabam distorcendo os dados. (Valor Econômico)

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O jornal O Globo informa que empresas retiraram ao menos R$ 10 bilhões de mercado nos últimos 15 meses. De acordo com a reportagem, a desvalorização dos papéis provocada pela aversão dos investidores ao risco aumenta o número de empresas que vão à Bolsa de São Paulo, a B3, comprar suas próprias ações.

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Reportagem da Folha de S. Paulo indica que os investimentos de estados e Distrito Federal cresceram 176% acima da inflação no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021, de acordo com levantamento da IFI (Instituição Fiscal Independente) com números atualizados até junho deste ano. Esses gastos representaram 10% da despesa corrente no período, ante 4% no mesmo período do ano passado. Os dados das despesas mostram um aumento espalhado por várias rubricas. Entre elas, educação, urbanismo, habitação, saneamento, assistência social, trabalho, cultura e transporte. 

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O Brasil vai bater mais um recorde no agronegócio neste ano, com a maior safra da história, com a ajuda considerável da chamada “safrinha” de milho, conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Antes considerada uma espécie de “xepa”, apenas sendo usada para manter o solo coberto, a safrinha ganhou importância à medida que a produção se sofisticou e agregou tecnologia. Espremido entre a colheita do verão e a entressafra do inverno, a safrinha do cereal deve atingir 87,4 milhões de toneladas, 44% a mais que a anterior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).