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Térmicas polêmicas vão a leilão na CCEE – Edição da Manhã

O Valor Econômico traz, na edição desta sexta-feira (30/09), informações a respeito do leilão de reserva de capacidade na forma de energia (LRCE) de 2022, que será realizado na hoje na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). De acordo com a reportagem, o certame promete surpresas.

Vários pontos ainda estão em questionamento – a viabilidade dos projetos, o preço do gás, pedidos de impugnação do certame e infraestrutura de gasodutos. Os agentes do setor chamam de “leilão da Eletrobras”, pois a contratação foi imposta na lei da privatização e ficou conhecida como “jabutis” – termo referente a inclusões de textos não relacionados à pauta específica de propostas legislativas. No caso, a desestatização da elétrica.

A reportagem destaca que o certame é fruto de lobby do setor de gasodutos no Congresso Nacional, que tornou obrigatória a contratação de térmicas em locais que não dispõem de dutos. O objetivo é contratar 2 GW de empreendimentos a gás natural em projetos no Norte e Nordeste (Maranhão e Piauí) com prazo de 15 anos. Outra exigência é que as usinas devem estar ligadas 70% do ano sem se sujeitarem a regras de despacho do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

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O preço-teto será R$ 450 por megawatt-hora (MWh), mas o setor de gás vem tentando interferir no valor. Distribuidoras de gás no Maranhão (Gasmar) e no Piauí (Gaspisa) queriam elevar em 33% o preço-teto. Ambas as empresas têm participação acionária do empresário Carlos Suarez, apontado como um dos principais interessados no leilão. O empresário não retornou os contatos feitos pela reportagem.

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A Abegás, associação que representa os distribuidores de gás, tentou impugnação do leilão, pedindo aumento do preço. Ao Valor, o presidente da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget), Xisto Vieira, frisa que a entidade não participou dos estudos para definir o montante de energia, nem os locais de instalação das usinas, mas entende como necessário o leilão.

A Petrobras não quer retrocesso, afirma presidente da estatal a dois dias da eleição

Em rara participação em evento público, o presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, defendeu ontem (29/09), a gestão da estatal durante o governo Bolsonaro e disse que a empresa “não quer retrocesso”.

As declarações foram dadas em encerramento da Rio Oil & Gas, feira que reuniu, por três dias, representantes do setor de petróleo no Rio de Janeiro. Paes de Andrade havia enviado um vídeo para a abertura do evento. No encerramento, participou de um debate por videoconferência.

“Assim como o Brasil, a Petrobras se reergueu, a Petrobras quer seguir adiante”, afirmou. “A Petrobras não quer retrocesso, vamos seguir adiante com o processo de abertura de mercado, de melhoria da governança”, disse. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo.

Tempo frio e painel solar reduzem consumo de energia em residências

Reportagem publicada hoje (30/09) pela Folha de S. Paulo destaca que o tempo mais frio na primeira quinzena de setembro provocou uma queda no consumo de energia em residências e pequenas empresas, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O recuo foi de 1,2% na despesa em relação ao mesmo período no ano passado.

Ainda de acordo com a CCEE, a instalação de painéis solares também ajudou a diminuir a demanda em casas e empresas. A entidade diz que, se não fosse por esse tipo de sistema, o segmento teria um crescimento de 1,3% no consumo de energia.

Após privatização, Eletrobras anuncia plano voluntário de demissão em novembro

A Eletrobras planeja anunciar um plano de demissão voluntária (PDV) em novembro deste ano, mirando funcionários aposentados ou em condições de se aposentar, afirmou Wilson Ferreira Júnior, presidente da companhia.

“Temos negociado com o sindicato desde o início do ano um PDV que se aplica aos aposentados e aposentáveis da companhia, que deve sair em novembro. Ele abre espaço para oxigenação, abrindo espaço para pessoas que podem ajudar na transformação da empresa. Vai ampliar o nível de excelência, produtividade e gestão de custo”, argumentou.

O jornal O Globo informa que o número de funcionários que poderiam ser alcançados pelo PDV não foi divulgado. Fontes ligadas à companhia, porém, afirmam que seriam mais de dois mil trabalhadores.

Nessa fase inicial de transição, após a privatização da companhia, em junho, a Eletrobras busca revistar a estrutura da empresa como um todo. Isso poderá incluir a venda de sua participação em sociedades de propósito específico (SPEs). Ao todo, a Eletrobras tem participação minoritária em mais de 60 ativos, uma carteira que já foi enxugada de um total de 178.

 PANORAMA DA MÍDIA

O principal destaque dos sites e portais de notícias na manhã desta sexta-feira (30/09) é o debate realizado ontem pela TV Globo, entre candidatos à presidência da República, nas eleições que serão realizadas no próximo domingo, 2 de outubro.

“Acusações, batalha de direitos de resposta e discussões sobre pandemia marcam debate” (G1)

“Bolsonaro foge de Lula; bate-boca e direitos de resposta marcam o debate” (UOL)

“Candidatos elevam o debate, e debate tem duelo de direito de resposta e broncas de Bonner” (Terra)

Com reportagens e análises, a reta final da campanha eleitoral é, também, destaque nos principais jornais do país.

“Abstenções e voto útil vão definir rumo da disputa” (Valor Econômico)

“Agressões derrotam propostas para o Brasil em último debate” (O Estado de S. Paulo)

“Lula tem 50% dos votos válidos no primeiro turno, e Bolsonaro 36%” (O Globo)

“Datafolha: Lula tem 50% dos votos válidos no 1º turno; Bolsonaro marca 36%” (Folha de S. Paulo)