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Térmicas têm oportunidades para novos negócios em meio à crise – Edição da Manhã

Reportagem publicada hoje (22/07) pelo Valor Econômico mostra que o acionamento das usinas térmicas para compensar a baixa geração hidrelétrica na crise hídrica ocorre em meio a uma movimentação para novos investimentos no setor. As usinas mais caras acionadas para ajudar a garantir o fornecimento no Sistema Interligado Nacional (SIN), na atual crise hídrica, estão gerando caixa para as companhias que as operam e têm levado a novas oportunidades de negócios.

Nesse contexto, a Delta Energia, que opera uma das térmicas mais caras em atividade hoje no país, a UTE William Arjona (MS), pretende investir para reduzir os custos do projeto, por meio do fechamento de ciclo da usina. O investimento inclui a instalação de uma nova turbina a vapor para aumentar a geração sem a necessidade de uma alta no consumo do gás que abastece a unidade. O valor do investimento não foi detalhado pela empresa.

A unidade tem capacidade para gerar 190 megawatts (MW) e foi comprada da Engie Brasil Energia (EBE) pela Delta Energia em 2019 como uma aposta para o crescimento do mercado de gás no país. A térmica começou a operar em junho e deve permanecer ligada pelo menos até o fim do ano, garantindo receitas para o grupo antes mesmo de o mercado de gás sentir os efeitos da abertura em curso.

Outra operação fechada recentemente foi o anúncio da Âmbar Energia, companhia controlada pelo grupo J&F, da compra da Central Térmica Uruguaiana (RS), da argentina Seasa. A companhia já controlava a UTE Cuiabá (MS), de 520 MW, que está em plena operação nos últimos meses para abastecer o Sistema Interligado Nacional neste momento de baixa geração hidrelétrica. A nova térmica faz parte da aposta do grupo de que a geração a gás vai ser importante na transição para uma economia de baixo carbono, por ser menos poluente do que outros combustíveis fósseis.

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Térmicas já geram 1/3 da energia do país

O jornal O Estado de S. Paulo informa que os registros oficiais mostram que, na última década, ocorreram apenas três ocasiões em que as térmicas responderam, sozinhas, por um terço da produção diária de energia elétrica no país.

Os dados apurados pela reportagem no Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que esse cenário se deu em apenas alguns dias nos anos de 2014, 2015 e 2017, atingindo, no máximo, 32%. Em cenários normais, as térmicas costumam responder por cerca de 20% a 25% da produção diária de energia, enquanto a produção de hidrelétrica atende, em média, mais de 65% do consumo diário. Atualmente, a geração hídrica tem ficado na casa dos 50%.

Raízen atrai fundo de transição energética em IPO

A Raízen, sociedade entre Cosan e Shell, está conseguindo atrair a atenção de grandes fundos internacionais para sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), por conta da pegada em energia limpa. Segundo reportagem publicada hoje (22/07) pelo jornal O Estado de S. Paulo, além dos investidores globais dedicados a emergentes, também estão de olho na operação fundos estrangeiros especializados em energia e gestores com temáticas ainda mais específicas, voltados apenas à transição energética de matriz fóssil para renovável.

Os ativos desses fundos estão crescendo nos Estados Unidos e na Europa e já superam US$ 200 bilhões. Entre as gestoras mais ativas, estão Schroder, BNP Paribas, Invesco, Robeco, Storebrand e WHEB Asset Management. Uma das mais conhecidas é a Generation Investment Management, que tem entre seus fundadores Al Gore, vice-presidente dos EUA na gestão Clinton.

Enel muda sedes para Marginal Pinheiros, em São Paulo, e Porto Maravilha, no Rio

A Enel Brasil vai trocar de endereço. A companhia está levando sua sede de Alphaville, em Barueri, para o outro lado da Marginal Pinheiros, em São Paulo. Até o fim do ano, a companhia passará a ocupar sete andares do Edifício Aroeira, imóvel de propriedade BR Properties. A torre faz parte do Parque da Cidade, complexo multiuso que também reúne shopping, hotel e residências.

No Rio de Janeiro, a empresa sairá da Praça Leoni Ramos, em Niterói, rumo ao Edifício Aqwa Corporate, na região do Porto Maravilha, com vista para a Baía de Guanabara. O imóvel é da multinacional Tishman Speyer. (O Estado de S. Paulo)

Petrobras informa sobre Plano Petros 3

A Petrobras assinou ontem (21/07), junto à Fundação Petrobras e Seguridade Social (Petros), um termo de compromisso, referente à sua participação paritária, para pagamento à vista da dívida reconhecida no processo de migração dos Planos PPSP-R e PPSP-NR para o Plano Petros-3 (PP3).

O valor da dívida da Petrobras era de R$ 1,3 bilhão em 30 de abril e será atualizado atuarialmente até 31 de julho e posteriormente corrigido até a data do efetivo pagamento, previsto para 9 de setembro. A previsão do início de operacionalização do PP3 é 1º de agosto. O PP-3 é uma alternativa de previdência complementar da Petrobras. (Agência Petrobras)

PANORAMA DA MÍDIA

Depois de sobreviver a diversas tentativas de desmembramento, a superpasta da Economia comandada pelo ministro Paulo Guedes perde pela primeira vez uma parte de sua estrutura devido aos arranjos políticos que o presidente Jair Bolsonaro precisou fazer para contemplar aliados insatisfeitos do centrão. Na minirreforma, será recriado o Ministério do Trabalho, que ficará sob o comando de Onyx Lorenzoni, o que na prática tira de Guedes o controle da formulação das políticas voltadas ao emprego. A notícia é o principal destaque da edição desta quinta-feira na mídia. (Valor Econômico, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo)

O Valor Econômico ressalta que o Brasil tem 14,7 milhões de desempregados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se de um grande desafio ao país no pós-pandemia e ao governo na campanha eleitoral. Algumas iniciativas para criar empregos estavam sendo negociadas pela equipe de Guedes com o Congresso, o que gera preocupação em setores do governo com o risco de essas articulações sofrerem atrasos. Uma das apostas do governo é criar políticas de qualificação voltadas à reinserção de profissionais no mercado de trabalho.

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Após comemorar uma alta recorde na arrecadação de junho, o governo deve anunciar o desbloqueio de R$ 4,5 bilhões do Orçamento deste ano, também em razão da queda nas despesas. A medida deve constar do relatório bimestral de receitas e despesas que o Ministério da Economia divulga hoje (22/07). Ontem, a Receita informou que, em junho, a arrecadação teve aumento real de 46,77% na comparação com o mesmo mês de 2020 e chegou a R$ 137,169 bilhões, maior valor para o período desde 2011. (Valor Econômico)

 

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