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Termômetro da economia, consumo de energia elétrica caiu quase 15% nas últimas semanas – Edição da Manhã

O consumo de energia elétrica caiu quase 15% no país nas últimas semanas, após a implantação de medidas de isolamento social contra o coronavírus. O cálculo é interpretado por analistas como um indicador preliminar da desaceleração da economia brasileira na crise, informa a Folha de S. Paulo.

Números do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que a carga de energia caiu 14,5% nas semanas em que governos estaduais e prefeituras editaram ou ampliaram decretos que limitavam o funcionamento de atividades comerciais e a circulação de pessoas.

Os dados englobam todo o sistema elétrico, o que indica que a desaceleração refletida na redução do consumo de energia do comércio e da indústria pode ser ainda maior – uma vez que as medidas de isolamento tendem a aumentar o uso de eletricidade nas residências.

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Medidas diariamente, as informações sobre o consumo de energia são consideradas um termômetro do ritmo da economia durante a crise, uma vez que os indicadores mais robustos sobre a queda na atividade demoram para ser computados.

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Ministro de Minas e Energia diz que acordo entre Opep e Rússia ajudará a estabilizar petróleo

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, comemorou ontem (10/04) o acordo entre Arábia Saudita e Rússia, que prevê corte na produção de petróleo por dois meses. Albuquerque participou de reunião virtual com os ministros de Energia do G20, grupo de países que reúne as maiores economias do mundo.

Reportagem publicada pelo portal do Valor Econômico destaca que o acordo marca o fim de uma guerra de preços travada entre Rússia e Arábia Saudita, dois dos maiores produtores de petróleo do mundo. A redução será de 10 milhões de barris por dia ao longo de dois meses. O pacto é uma tentativa de reduzir a oferta global do petróleo e evitar uma queda ainda maior dos preços internacionais do produto, que despencaram diante da pandemia do coronavírus.

O acordo envolve os países da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, que formam a Opep+. Bento Albuquerque ressaltou que o governo brasileiro não tem influência sobre o mercado de petróleo nacional. No entanto, ele destacou que a Petrobras reduziu a produção em 200 mil barris de petróleo por dia, o que representa 20% do total de exportações de petróleo do país.

PANORAMA DA MÍDIA

O total de mortos e infectados pelo coronavírus, no Brasil e no mundo, é o destaque de hoje (11/04) nos principais jornais do país. No Brasil, o número de mortos ultrapassou a casa dos mil e no mundo, a dos 100 mil. Balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde aponta que já são quase 20 mil os brasileiros diagnosticados com covid-19. No mundo, o total de infectados é de 1,6 milhão. (O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo)

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O jornal O Estado de S. Paulo traz, também, uma reportagem sobre os estudos científicos que estudam efeitos da cloroquina contra o covid-19. Ao menos 65 estudos estão sendo realizados no mundo para investigar a eficácia da cloroquina e hidroxicloroquina contra a doença. Por enquanto, três foram finalizados, dois chineses e um francês, e os resultados são controversos.

A reportagem ressalta que, diante da falta de uma opção certeira e apesar de efeitos colaterais graves, como arritmia cardíaca e problema de visão, há médicos que vêm utilizando a droga, especialmente em pacientes em estado grave ou crítico. Até a pandemia do coronavírus, a cloroquina era conhecida como um medicamento usado no tratamento de doenças como malária, lúpus e artrite reumatoide.

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A Folha de S. Paulo traz uma entrevista com o infectologista Júlio Croda, membro do centro de contingência contra coronavírus de São Paulo. Ele afirmou que o estado caiu do patamar mínimo aceitável para o isolamento social. Segundo ele, se continuar a atual tendência de redução de isolamento, São Paulo não terá mais leitos de UTI suficientes para a população. Nesta semana, o estado passou a ter metade dos 12,5 mil leitos de UTI ocupados.

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O jornal O Globo publica uma reportagem com o mesmo tom de alerta da Folha: o avanço dos casos bate à porta dos hospitais, que caminham a passos largos para o colapso. Em São Paulo, diz a reportagem, o sistema de saúde poderá perder a capacidade de internação em dez dias, se a população não seguir políticas de isolamento social.

No final de março, 69% da população do estado aderiu à quarentena decretada pelo governo estadual — a meta era que esse índice chegasse a 80%. No entanto, o engajamento diminuiu, e na última quinta-feira (09/04), apenas 47% dos paulistas cumpriam a orientação das autoridades. A curva de novos casos, que chegou a caminhar para o achatamento, está aumentando.

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