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Teste de novo ministro será manobra no Congresso para dar R$ 100 bilhões para ‘Centrãoduto’ – Edição da Tarde

O jornal O Estado de S. Paulo também traz informações, em seu site, a respeito da exoneração de Bento Albuquerque, da pasta de Minas e Energia. De acordo com a reportagem, o indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, o economista Adolfo Sachsida, é secretário especial do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Ele assume em meio à necessidade de administrar dois problemas gigantes para o presidente: a alta dos preços de combustíveis e das tarifas de energia, combinada com as propostas ‘criativas’ do governo e do Congresso para atacar o problema. Além disso, tem que lidar com a manobra do Congresso para destinar R$ 100 bilhões do Orçamento para bancar a rede de gasodutos, batizada de ‘Centrãoduto’.

Bento Albuquerque resistia a ‘jabuti’ de R$ 100 bilhões do centrão que beneficia ‘o rei do gás’

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A jornalista Mônica Bergamo informa, em sua coluna no site da Folha de S. Paulo, que o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, exonerado nesta quarta (11/05) pelo presidente Jair Bolsonaro, resistia ao projeto bilionário que prevê a construção de gasodutos pelo país. A proposta, patrocinada pelo centrão, tem um custo de R$ 100 bilhões e é polêmica por beneficiar diretamente Carlos Suarez, ex-sócio da empreiteira OAS e conhecido como o “rei do gás”.

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Ainda segundo Mônica Bergamo, o empresário e seus sócios são hoje os únicos donos de autorizações para distribuir gás em oito estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Ele possui ainda quatro autorizações para a construção de redes de gasodutos, mas precisa de recursos para bancar os dutos que conectariam regiões isoladas onde está o gás com grandes centros, onde estão seus potenciais clientes.

O projeto é antigo e polêmico. Por isso, desde 2015 está travado na Câmara dos Deputados, por falta de consenso sobre como criar um fundo que financie as obras bilionárias. O centrão agora pretende retirar R$ 100 bilhões da exploração do pré-sal que iriam para o Tesouro Nacional e direcioná-los para as obras. A ideia seria apresentar uma emenda de última hora no projeto de lei que discute a modernização do setor elétrico.

Bento Albuquerque resistia à ideia, e afirmou a autoridades de Brasília que não aceitaria o pacote da forma como estava sendo fechado no Congresso. O então ministro negociava uma regra para garantir que a construção do gasoduto estaria condicionada a valores e condições de mercado. E que apenas andaria com o aval do Ministério das Minas e Energia. A saída repentina dele da pasta está sendo creditada, num primeiro momento, aos aumentos de combustíveis autorizados pela Petrobras e que entraram no alvo do presidente Jair Bolsonaro.

Bento é o 13º ministro demitido do governo Bolsonaro; MME era o último reduto cobiçado pelo centrão

De acordo com análise publicada nesta tarde (11/05) pelo site do jornal O Estado de S. Paulo, a troca no Ministério de Minas e Energia abre espaço para que o presidente Jair Bolsonaro atenda a pedidos de políticos do centrão para lotear a área técnica da pasta. O PL, partido de Bolsonaro, o Progressistas e uma ala do MDB trabalharam pela troca do ministro Bento Albuquerque em reação à blindagem que ele fez numa área que esses políticos controlavam no passado.

Saída de Bento Albuquerque foi de caráter ‘pessoal’ e ‘consensual’, diz ministério

O Ministério de Minas e Energia (MME) informou nesta quarta-feira (11/05) que a exoneração do almirante Bento Albuquerque do comando do órgão foi de “caráter pessoal” e decidida de “forma consensual” em reunião com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Em posicionamento, o MME destacou que Albuquerque se orgulha de ter participado do governo chefiado por Bolsonaro e reafirmou sua “lealdade, respeito e amizade” ao presidente.

Albuquerque teve sua exoneração do cargo formalizada na edição de hoje do “Diário Oficial da União”. O registro indica que a saída do governo foi “a pedido”, o que representa apenas uma formalidade que é seguida até nos casos de demissão. O almirante foi convidado para comandar a Pasta ainda na transição de governo, no final de 2018. Na mesma edição do “DOU”, o governo nomeou Adolfo Sachsida, que era chefe da Assessoria Especial do Ministro da Economia, Paulo Guedes. (Valor Econômico)

Engie planeja destinar R$ 1 bilhão para soluções de eficiência energética

O Valor Econômico informa que, nos próximos cinco anos, a elétrica francesa Engie prevê desembolsar cerca de R$ 1 bilhão em programas de soluções em energia elétrica para a descarbonização de empresas e cidades, por meio de projetos de grande porte, com impacto na redução de custos e emissões de gases de efeito estufa.

O negócio é voltado para clientes com alto consumo de energia – para geração de vapor, aquecimento, ar condicionado, refrigeração e outras utilidades – e companhias com múltiplas unidades. O foco é no conceito de energia como serviço (“energy as a service”, na tradução para o inglês). Nesse modelo, os clientes pagam por um serviço sem precisar realizar os investimentos em infraestrutura ou equipamentos. No caso da Engie, a prioridade é oferecer fontes renováveis de geração de energia, como solar, biomassa ou biogás.

Petrobras vai construir nova unidade de hidrotratamento de diesel na Refinaria de Paulínia

A Petrobras vai construir uma nova unidade de hidrotratamento de diesel (HDT) na Refinaria de Paulínia (Replan), em um investimento de US$ 458 milhões, diz a empresa, em comunicado ao mercado. A entrada em operação da planta está prevista para 2025. O contrato para a construção foi assinado com o Consórcio Toyo Setal HDT Paulínia, formado pelas empresas TSE e Toyo, e está em linha com os investimentos planejados do seu plano estratégico entre 2022 e 2026, ainda segundo informação da Petrobras.

Após a inauguração da nova unidade, a Replan será capaz de aumentar a sua produção de diesel S-10 em 63 mil barris por dia (bpd) e de querosene de aviação em 12,5 mil bpd, visando ao atendimento das especificações e quantidades demandadas pelo mercado, segundo a estatal. Dessa forma, todo diesel produzido na refinaria será de baixo teor de enxofre. (Valor Econômico / O Globo)

Comissão do Senado aprova convite para presidente da Petrobras explicar preços do gás

A Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado aprovou ontem (10/05) requerimento de convite ao novo presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, para uma audiência sobre a política de preços do gás natural. Ainda não há data para a realização da audiência, mas os membros do colegiado pretendem unificar esse evento com uma audiência prevista em outra comissão do Senado para discutir a distribuição de dividendos da empresa e os preços dos combustíveis. (Folha de S. Paulo)

Congresso pode conseguir adiar reajustes de energia, avaliam bancos

O decreto legislativo que tenta impedir o reajuste na conta de luz do Ceará pode evoluir para uma negociação maior, que preserve o contrato com a empresa, mas consiga postergar aumentos tarifários mais elevados em todo o país. A perspectiva é traçada por diferentes relatórios de bancos internacionais, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo.

O Projeto de Decreto Legislativo 94/22, do deputado Domingos Neto (PSD-CE), prevê a suspensão do aumento de 24% na conta de luz dos consumidores atendidos pela Enel Ceará – reajuste já autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

PANORAMA DA MÍDIA

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA) bateu em 1,06% em abril, segundo informou nesta quarta-feira (11/05) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior variação para o mês desde 1996. Em 12 meses até abril, a inflação ficou em 12,13%, maior patamar desde outubro de 2003 (13,98%). Em março de 2022, o IPCA já havia pesado no bolso dos brasileiros, atingindo o maior patamar em 28 anos e subindo 1,62%. (Folha de S. Paulo)

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