Aos 45 anos do programa Proálcool, o setor de cana-de-açúcar busca se lançar como alternativa às baterias no processo de eletrificação da frota mundial de veículos, conforme reportagem da Folha de S. Paulo.
A ideia é promover o modelo de célula combustíveis como uma opção mais barata e menos poluente. O programa que tornou o Brasil referência no uso de biocombustíveis para automóveis foi lançado em 14 de novembro de 1975. “A mobilidade desse século vai ser plural, com uma pluralidade de rotas tecnológicas”, diz o presidente da União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), Evandro Gussi. “E nesse aspecto, consideramos o etanol um combustível não só do presente, mas do futuro.”
As rotas tecnológicas mais usadas no momento ou reduzem a demanda por combustíveis, no caso dos híbridos, ou simplesmente eliminam a necessidade de combustíveis líquidos, como no caso dos veículos 100% elétricos. Segundo a reportagem, o setor defende, porém, que a célula combustível que produz hidrogênio a partir do etanol é mais eficiente.
A tecnologia, que ainda não tem produção em escala comercial, consiste em separar o hidrogênio do etanol e produzir eletricidade por meio de um processo químico realizado dentro do próprio veículo ou em postos de gasolina. O setor argumenta que o modelo reduz a necessidade de grandes e caras baterias. Além disso, poderia usar a infraestrutura de distribuição de combustíveis já instalada, sem necessidade de aportes em pontos de carregamento e na rede de distribuição de eletricidade.
Nova lei sobre fios de postes na capital paulista pode levar tensão ao setor
A Folha de S. Paulo informa que, enquanto o projeto do enterramento dos fios de energia e telefonia caminha a passos lentos na capital paulista, a prefeitura promulgou uma nova lei sobre os postes da cidade nesta semana. Entre as determinações, os fios inutilizados deverão ser retirados pela distribuidora de energia, que aparece como a maior responsável por manter a ordem geral nos postes.
A Enel, porém, relembra que a distribuição de energia elétrica é uma concessão federal e já existe uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre o assunto. Segundo a Enel, a resolução deixa claro que cabe às prestadoras de telecomunicações, e não às distribuidoras de energia, regularizar suas eventuais ocupações desordenadas dos postes.
Procurada pela reportagem, a prefeitura diz que “a lei disciplina a competência municipal relativa ao uso do solo e subsolo urbanos” e que Aneel e Anatel regulamentam outra competência.
Justiça estende prazo para volta de energia no Amapá
O juiz federal João Bosco Costa Soares da Silva, da 2ª Vara Federal Cível do Amapá, concedeu, ontem (13/11), mais sete dias de prazo para que a concessionária Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE) restabeleça o fornecimento de energia elétrica para o estado.
Também determinou que o governo federal estenda o pagamento de duas parcelas do auxílio-emergencial às famílias carentes das 13 cidades amapaenses afetadas pelo apagão e por suas consequências. No último dia 7, a Justiça havia estabelecido um prazo de três dias para que a empresa sanasse o problema que, no dia 3 de novembro, deixou 14 das 16 cidades amapaenses sem energia elétrica. (Agência Brasil)
PANORAMA DA MÍDIA
Falta de matéria-prima é a maior em 19 anos e leva indústria a reduzir produção. Esse é o principal destaque de hoje (14/11) do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a reportagem, a escassez de matéria-prima em vários segmentos e a alta de preços são atualmente os principais fatores que limitam a expansão da produção industrial no país.
Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica que, em outubro, a falta de insumo atingiu os maiores níveis desde 2001 em 14 dos 19 segmentos da indústria. Segundo a sondagem, o setor de vestuário é o que mais sente os efeitos da falta de insumos e componentes, reportada por 74,7% das empresas.
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O vice-presidente Hamilton Mourão e o comandante do Exército, general Edson Pujol, deram declarações públicas ontem (13/11) afirmando que as Forças Armadas não devem se envolver com a política, destaca o jornal O Globo. Mourão afirmou que “a política não pode entrar dentro do quartel”. O vice-presidente, que é general da reserva, disse que a politização dos militares atrapalha a hierarquia e a disciplina nas Forças Armadas.
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A Folha de S. Paulo informa que a instável relação entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seu vice, Hamilton Mourão (PRTB), entrou em uma nova fase de divergências e críticas abertas, levando militares do Palácio do Planalto a pedirem para o general submergir.
Depois que auxiliares com cargo no governo entraram em ação, Mourão se recusou a baixar o tom e manteve a rotina de declarações à imprensa, muitas sobre temas que já haviam desagradado o presidente. O vice voltou a falar de eleições americanas na manhã de ontem (13/11), indicando a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais nos Estados Unidos – fato que o governo brasileiro reluta em reconhecer.