
O Valor Econômico informa que uma pesquisa liderada pela CTG Brasil, empresa de capital chinês que é uma das maiores geradoras de energia no país, com 17 usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos, criou em laboratório um protótipo de mexilhão-dourado geneticamente modificado que, ao se misturar aos mexilhões invasores nos reservatórios das usinas, provoca infertilidade nas próximas gerações visando à eliminação da praga.
O molusco asiático que não passa de 2 cm não tem predador, não é comestível e tem reprodução acelerada. É causa de prejuízos anuais de US$ 120 milhões às hidrelétricas das bacias do Paraná, Alto Paraguai, Tocantins e São Francisco e ameaça chegar aos rios da Amazônia.
Outras atividades impactadas são a piscicultura, uma vez que o peso de milhões de mexilhões pode provocar o afundamento dos tanques-redes, a captação, tratamento e distribuição de água, o ecoturismo e a biodiversidade dos rios.
Segundo estudo realizado em 2018 e custeado pela CTG, que calculou os custos de limpeza e perda de receita de usinas por indisponibilidade dos equipamentos para manutenção, o mexilhão-dourado (espécie Limnoperna fortunei) está presente em 38% das hidrelétricas do país, que são responsáveis por 55% da capacidade instalada.
Maior exigência da Eletrobras para admitir conselheiros cria dança das cadeiras
A Eletrobras vai reformar seu conselho de administração na próxima assembleia de acionistas, em 29 de abril, e adotou critérios de elegibilidade mais rigorosos do que os previstos na lei das S/A e nas regras pretendidas pela B3 para o Novo Mercado, informa o jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo especialistas em governança ouvidos pela reportagem, o movimento torna a administração da empresa mais “segura e exclusiva”. Como consequência, há uma “dança das cadeiras” em outras companhias, como a Petrobras, que veem executivos abandonar ou prometer deixar posições em seus conselhos para se habilitar à Eletrobras.
A reportagem ressalta que pelo menos sete executivos, entre indicados pela União e por investidores privados, já fizeram movimentos desse tipo para se encaixar na regra da Eletrobras contra “overboarding” (excesso de conselhos) ou eliminar conflito de interesses.
Conforme seu estatuto social, a Eletrobras limita a três o número de outros colegiados a serem integrados paralelamente por um conselheiro, e a somente uma outra cadeira em outra empresa quando se tratar de presidente do conselho. Pela mesma regra, para terem uma cadeira no conselho da Eletrobras, diretores executivos de outras companhias não podem frequentar outros colegiados.
No segundo caso, o estatuto veta pessoas que ocupam cargos em empresa “que possa ser concorrente” da Eletrobras ou de suas controladas, “cabendo à própria companhia avaliar e identificar seus agentes”.
Setor de energia teme que caso Abin impeça redução da tarifa de Itaipu
Reportagem da Folha de S. Paulo destaca que o setor de energia teme que a denúncia de espionagem contra autoridades do Paraguai, envolvendo Itaipu, migre do terreno diplomático para a conta de luz.
O caso já levou à suspensão das negociações do Anexo C, que rege os termos financeiros do acordo bilateral. A percepção é que haverá mais pressão para cobrar um alto preço pela energia da usina binacional.
A reportagem explica que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) invadiu computadores de integrantes do governo paraguaio em busca de dados sobre os custos em Itaipu. A invasão cibernética teria ocorrido meses antes de a atual gestão fechar um acordo tarifário com o país vizinho.
O governo federal nega a ação e divulgou que a espionagem tinha sido autorizada no governo anterior e suspensa em 2023.
A reportagem destaca, ainda, que diante do quadro atual, a espionagem é vista como munição certa para o Paraguai em relação a negociações das tarifas da energia gerada pela usina de Itaipu.
“Não tenho a menor dúvida de que o vazamento vai parar na mesa de negociação da energia”, explica Paulo Pedrosa, presidente da Abrace, entidade que representa os grandes consumidores industriais de energia.
CCEE apresenta migração simplificada ao mercado livre em workshop para distribuidoras e comercializadoras
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) irá implementar, a partir de julho, um modelo simplificado de migrações ao mercado livre, que dará mais eficiência e escala para as operações dos agentes.
Com o propósito de preparar o mercado para essa novidade, a CCEE realizou, na semana passada, o workshop: O Futuro do Mercado Livre de Energia. Durante o encontro, foram apresentados para distribuidoras, permissionárias e comercializadoras os processos de cadastro e gerenciamento de clientes por meio de APIs (Application Programming Interface).
Durante o evento foram apresentadas informações sobre o processo de regulação do modelo simplificado, suas vantagens e prazos legais, assim como temas relacionados à estratégia de tecnologia baseada em performance e estabilidade, inovação e transformação digital, modernização de aplicações.
Em 2024, a CCEE concluiu cerca de 27 mil migrações para o mercado livre de energia e mais de cinco mil nos primeiros meses de 2025. As apresentações estão disponíveis no site da CCEE.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor tarifas de importação adicionais de 50% à China se o país asiático não retirar as taxas retaliatórias de 34% anunciadas na sexta-feira. Como resultado, o mercado financeiro teve forte volatilidade.
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Folha de S. Paulo: Na semana passada, Trump anunciou que os produtos chineses seriam atingidos com uma tarifa de 34% a partir de quarta-feira (9), além dos 20% que ele já havia imposto no início deste ano, elevando o total para 54%. O governo chinês, então, anunciou uma retaliação, válida a partir de quinta-feira (10), com taxação de 34% sobre as importações americanas. Caso ambos cumpram suas ameaças, a tarifa total sobre Pequim ultrapassaria os 100% — mais do que dobrando o valor dos importados no mercado americano.
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O Estado de S. Paulo: O choque tarifário provocado por Donald Trump abalou o comércio mundial e aumentou a incerteza na economia global. Na leitura dos analistas, a confusão criada pelo presidente dos Estados Unidos aumenta o risco de a economia norte-americana enfrentar uma recessão, um cenário que certamente afetaria o desempenho econômico de todo o mundo.
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O Globo: Isso (a guerra comercial deflagrada pelo presidente dos EUA) alimentou o pânico nos mercados acionários globais, que já haviam aberto em forte queda na Ásia como reflexo da retaliação de Pequim, anunciada na sexta-feira. Segundo a Bloomberg e cálculos da consultoria Elos Ayta, desde o anúncio do tarifaço, na quarta-feira, as perdas nos principais mercados acionários globais ultrapassam os US$ 8 trilhões.