Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que o uso das usinas termelétricas a gás em 2020 apresentou retração de 15,6%. A queda é bem maior que a da geração de eletricidade total, de 2,3%. É o resultado da recessão econômica, por causa da pandemia de covid-19.
Mesmo com a baixa geral, a geração de algumas fontes para termelétricas subiu. É o caso de biomassa (4,7%) e resíduos industriais (1,2%). As outras fontes fósseis (carvão e petróleo) tiveram redução de 23,3%.
Para especialistas em energia, o maior desafio do gás é a dificuldade de transporte por causa da infraestrutura precária do país. Faltam gasodutos entre os campos do pré-sal e a costa. Mesmo a rede de distribuição em terra no Brasil está praticamente toda no litoral. Com o consumo baixo, o gás acaba reinjetado nos campos.
Para Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o país deveria ter termelétricas inflexíveis a gás, ou seja, aquelas que funcionariam o tempo todo. Hoje são flexíveis. Só operam nos picos de demanda. Ele ressalta que o custo total da termelétrica é mais baixo. Mas o custo por MW gerado é maior do que se ficasse ligado sem interrupção. As informações foram publicadas no portal Poder 360.
Aeris tem acordo de R$ 2,5 bilhões para vender pás eólicas à Siemens
A fabricante de pás eólicas Aeris está perto de um fechar um contrato de R$ 2,5 bilhões com a espanhola Siemens Gamesa, diversificando a gama de clientes em um negócio concentrado em poucos fabricantes de aerogeradores, conforme apurou o Valor Econômico.
O contrato, válido até 2023, prevê a entrega de pás eólicas com capacidade para produzir o equivalente a 3 gigawatts de energia elétrica. É mais que as entregas de um ano. Para se ter uma ideia do volume mínimo fechado, a Aeris entregou o equivalente a 2 gigawatts entre janeiro e setembro do ano passado – o que rendeu uma receita líquida de R$ 1,4 bilhão. O contrato tem a opção de ser estendido até 2025, ampliando o volume de entregas.
As pás compradas pela Siemens Gamesa serão destinadas majoritariamente ao mercado externo, segundo a reportagens. No prospecto do IPO feito no ano passado, a Aeris informou que a receita ficaria “mais pulverizada” entre cinco clientes, mas não mencionou os valores do acordo e tampouco o nome.
Paralelamente, a Aeris também está próxima de um acordo com a alemã Nordex para fornecer uma pá eólica de 81,5 metros – o diametro do rotor tem 163 metros. Será a maior do gênero já fabricada no Brasil. A Nordex já era cliente da companhia, diferentemente da Siemens Gamesa.
Térmica Cambará (RS) aguarda licença de linha de transmissão
Com contrato firmado para entregar sua geração até janeiro de 2023, depois de vencer um leilão de energia promovido pelo governo federal em dezembro de 2017, o projeto termelétrico Cambará (RS) ainda não teve suas obras iniciadas.
A licença ambiental de instalação da usina já foi obtida, mas para seguir adiante, a iniciativa ainda espera o licenciamento da linha de transmissão que conectará o complexo ao sistema elétrico interligado nacional.
Essa estrutura, com tensão de 138 kV, possuirá 43 quilômetros de extensão, ligando a térmica em Cambará do Sul até uma subestação em São Francisco de Paula. (Jornal do Comércio)
PANORAMA DA MÍDIA
Com reportagens, vídeos e análises, o principal destaque desta tarde (20/01) nos portais de notícias é a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, de 78 anos. Biden é o 46º presidente dos Estados Unidos, sucedendo o republicano Dinaldo Trump. Em seu discurso de posse, ele democrata pediu união para derrotar o extremismo e restaurar a alma americana.
“Temos que nos unir para enfrentar nossos inimigos: raiva, ódio, extremismo, violência, doença, desemprego e desesperança”, disse o presidente. “Com união, podemos fazer grandes coisas, coisas importantes.” O discurso de Joe Biden pode ser visto neste link do G1.