O jornal O Estado de S. Paulo informa que depois de sinalizar a intenção de dar fim a uma disputa judicial travada com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a mineradora Vale decidiu manter a briga na Justiça, além da cobrança mensal referente à produção de uma hidrelétrica de sua propriedade que não entrega energia desde 2015.
De acordo com a reportagem, a Vale já recebeu mais de R$ 500 milhões desde novembro de 2015, por uma geração de energia que nunca entregou, a partir das hidrelétrica Risoleta Neves, na região de Mariana (MG), porque a usina foi destruída pela lama da tragédia da Samarco, que tem a própria Vale como sócia.
Em maio, após essa situação ser denunciada em reportagem pelo Estadão, a Vale se reuniu com representantes da Aneel e da Câmara dos Deputados. A empresa, que tinha sido convocada para prestar esclarecimentos sobre o assunto no Congresso, conseguiu suspender a audiência, sob o argumento de que iria desistir do processo judicial que move para continuar a receber os pagamentos por uma energia que não produz. Além disso, a empresa também se dispôs a devolver todo o montante recebido.
Para aumentar a capacidade de geração de energia, cerca de 20 usinas estão em construção no Brasil
Um levantamento divulgado recentemente pela CNN mostrou que o país tem, atualmente, 19 usinas termelétricas em construção e uma nuclear. Juntas, elas vão adicionar 5.080 megawatts ao Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2026. Entre os projetos em andamento, sete utilizarão combustíveis fósseis. Outros 12 serão alimentados por biomassa, utilizando licor negro, produto do tratamento da indústria de papel e celulose, e o bagaço de cana-de-açúcar.
Xisto Vieira Filho, presidente da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget), informa que o setor despacha, diariamente, mais de 21 mil megawatts de energia para o país e que, sem ele, o nível atual dos reservatórios das hidrelétricas estaria em 4%. Ele defende o uso das fontes renováveis, mas entende que é necessário ter alternativas.
A usina Gás Natural do Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense, é a maior das unidades previstas, com capacidade para 1.388 megawatts, e deve ser a primeira a ficar pronta – e a única para 2021. (portal Click Petróleo e Gás)
Superada a crise energética, setor elétrico brasileiro precisará de revisão, diz ex-diretor da Aneel
Superada a atual crise hídrica, será necessária nova revisão do setor elétrico brasileiro, o que já ocorreu em 2003, após o “apagão” de 2001. É o que afirma Jerson Kelman, ex-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ao participar nesta quarta-feira (08/09) da Live do Valor (no link, transmissão completa em vídeo).
Para Kelman, a probabilidade de racionamento de energia no Brasil varia de 2% a 8%. “Nada para perder o sono. Quando eu era diretor da Aneel, enfrentei situação em que o risco era de 20% e não aconteceu”, afirmou. Já a probabilidade de blecautes “é bem mais elevada”, alertou ele, referindo-se a interrupções no fornecimento de energia em alguns locais, e por pouco tempo. “Não é nada confortável e pode acontecer.”
Petrobras inicia processo de venda dos campos de Uruguá e Tambaú, na Bacia de Santos
A Petrobras informa que iniciou a etapa de divulgação da oportunidade (teaser), referente à venda da totalidade de sua participação nos campos de Uruguá e Tambaú, pertencentes à concessão BS-500, localizada na Bacia de Santos, no estado do Rio de Janeiro. As principais etapas subsequentes do projeto serão informadas oportunamente ao mercado.
Os campos de Uruguá e Tambaú pertencem à concessão BS-500, que foi adquirida por meio da Rodada Zero da Agência Nacional do Petróleo, gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os campos estão situados na porção norte da Bacia de Santos, entre 140 e 160 km da costa do estado do Rio de Janeiro, em lâmina d’água que varia de 1.000 a 1.500m. A produção dos campos, no ano de 2020, foi de aproximadamente 5 mil bpd de óleo e 918 mil m3/dia de gás. A Petrobras detém 100% de participação em ambos os campos. As informações são da Agência Petrobras.
PANORAMA DA MÍDIA
Antes de abrir a sessão de julgamentos desta quarta-feira (08/09), no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, respondeu aos ataques feitos ontem pelo presidente Jair Bolsonaro à Corte e ao ministro Alexandre de Moraes. Em sua fala, Fux disse que ‘ninguém fechará’ o Supremo, em referência a faixas exibidas durante os protestos do feriado. O ministro também afirmou que o Supremo Tribunal Federal não aceitará intimidações ou ameaças a sua independência e aos seus membros. (O Estado de S. Paulo)
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O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, iniciou a tarde desta quarta-feira (08/09) acelerando o ritmo de queda, testando a faixa dos 114 mil pontos, em meio à aversão ao risco por causa do cenário político local, o que eleva as incertezas no âmbito macroeconômico. A crise institucional, na visão de investidores, deve colocar ainda mais obstáculos em uma agenda de reformas já morosa e dificultar a negociação de temas importantes para o futuro da economia no curto prazo, como a solução para o pagamento dos precatórios. O dólar chegou a R$ 5,30. (Valor Econômico)
