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“Vamos ter de produzir elétricos localmente”, diz presidente da Anfavea – Edição da Manhã

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o economista Carlos de Moraes, presidente da Anafavea, associação das empresas fabricantes de veículos, falou sobre os resultados da indústria no ano passado, políticas industriais e as perspectivas para o segmento no país em 2022.

Ele conta que a associação fez um estudo sobre o que vai influenciar a descarbonização no Brasil e cita o aspecto regulatório, que traz metas de emissões e eficiência energética, que vai promover a eletrificação da frota aos poucos. Ele afirmou, ainda, que a sociedade também está mais preocupada com o tema.

Alguns frotistas, por exemplo, estão propensos à eletrificação porque têm políticas de ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança corporativa) e o sistema financeiro apoia projetos que tenham planos para reduzir as emissões. Segundo ele, grandes investimentos feitos pelas montadoras, além da oferta de alta tecnologia, vão ajudar a reduzir os preços, que devem ficar próximos aos dos carros a combustão.

De acordo com o executivo, há dois cenários no momento. No primeiro, em 2035 cerca de 32% dos veículos novos terão algum grau de eletrificação. Seja híbrido, meio híbrido, elétrico puro etc. Isso equivale a 1,13 milhão de veículos. No cenário que a associação chama de convergência global, adotado pela Europa e pela China, serão até 2,5 milhões de elétricos. “Não dá para importar tudo isso. Vamos ter de produzir localmente”, afirmou.

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“Isso significa investimentos enormes em pesquisa e desenvolvimento. A conclusão é que vamos precisar de 150 mil postos de recarga no Brasil nos próximos 12 anos. Para isso, serão necessários R$ 14 bilhões em investimentos. O aumento do uso de biocombustíveis também ajudará na descarbonização. A Anfavea quer construir, com o governo, uma política de redução de emissões para os próximos 10, 15 anos.”

Nos EUA, veículos elétricos que fazem mais sucesso têm duas rodas

Reportagem do jornal O Globo indica que o mercado de bicicletas elétricas continua a crescer nos Estados Unidos. Dados recentes da Associação de Veículos Elétricos Leves (Leva, na sigla em inglês) mostra que o país importou quase 790 mil bicicletas elétricas (ou e-bikes) em 2021, bem mais que as 463 mil levadas para os consumidores americanos em 2020.

Apesar de não se tratar de número de vendas, os dados da Leva são fotografia do interesse por esses veículos elétricos de duas rodas nos Estados Unidos, ressalta a reportagem. Sugerem que elas são mais populares que os carros elétricos, que somaram 652 mil vendas em 2021.

Setor de iluminação pública quer novo modelo contratual nas concessões e PPPs

Reportagem publicada pelo site do Valor Econômico destaca que o mercado de iluminação pública no Brasil, por meio de concessões e Parcerias Público Privadas (PPPs), vem se consolidando nos últimos anos e soma R$ 18 bilhões contratados. No entanto, para crescer mais, o setor defende uma modernização no modelo contratual vigente nas licitações realizadas pelos municípios.

O segmento quer que os contratos incluam já na origem as obrigações relacionadas à execução de atividades de digitalização de serviços públicos municipais associados a cidades inteligentes. Hoje, essas atividades constam como receitas acessórias, o que gera incerteza, burocracia e postergação de investimentos e avanço na prestação de serviços mais eficientes por parte das prefeituras.

A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), com apoio da Radar PPP, calcula que esse novo ciclo de investimento pode incrementar até R$ 5 bilhões nas iniciativas que estão em curso no médio e longo prazo. A associação defende uma definição clara pelos municípios de uma política pública para desenvolver os serviços associados a cidades inteligentes.

PANORAMA DA MÍDIA

De acordo com reportagem publicada neste domingo (30/01) pela Folha de S. Paulo, o Banco do Brasil tem segurado a concessão de crédito para estados comandados por adversários políticos do presidente Jair Bolsonaro. Um deles, Alagoas, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obter os recursos após o banco ter abandonado as negociações sem maiores justificativas.

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O principal destaque da edição de hoje (30/01) do jornal O Estado de S. Paulo é sobre pesquisa científica. De acordo com a reportagem, a obesidade aumenta o risco de desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Esse é um conhecimento consolidado, nos últimos anos, por vários estudos epidemiológicos. Mas diferentemente de outros fatores, como o tabagismo, grande parte das pessoas e até dos médicos não sabe da relação.

Desvendar de que forma a gordura excessiva contribui para a gênese do tumor pode ajudar na prevenção e na criação de novos remédios, ressalta a reportagem. Já são conhecidas mais de 200 variedades de câncer e, até agora, a ciência descobriu o elo entre a obesidade e 13 tipos da doença, como os de fígado, tireoide, ovário, rim, pâncreas, estômago, esôfago e vesícula biliar. Na lista também estão o câncer no tecido que envolve o cérebro e a medula espinhal (meningioma), o sanguíneo (mieloma múltiplo), o colorretal, o de mama (na pós-menopausa) e o do endométrio (tecido que reveste o útero).

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O jornal O Globo informa que o universo armamentista no Brasil teve um crescimento sem precedentes no último ano. Até novembro de 2021, o Exército concedeu 1.162 novos registros por dia a caçadores, atiradores e colecionadores (CACs). É mais que o dobro dos 567 contabilizados diariamente no ano anterior. Para esse público de apreciadores de armas, o mercado tem oferecido cada vez mais serviços como clubes de tiro de luxo com funcionamento 24 horas, treinamento exclusivo para mulheres e até hotel rural com espaços para a prática de “tiroterapia” em família.

 

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