O grande objetivo estratégico da Vibra Energia (ex-BR Distribuidora) é tornar-se a principal parceira de clientes corporativos e de varejo no processo de transição energética, afirmou o presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior, durante a Live do Valor – entrevista do Valor Econômico com transmissão ao vivo.
Segundo o executivo, o novo posicionamento da companhia, que é a maior distribuidora de combustíveis do país, vem da percepção de que seu principal mercado deverá sofrer grandes transformações nos próximos anos, com a necessidade de descarbonização das economias e agenda ESG (s9gla em inglês para práticas de governança ambiental, social e corporativa) ganhando força.
“A era da pedra não acabou por falta de pedra, a era do petróleo não vai acabar por falta de petróleo. O petróleo continuará conosco, mas haverá redução de volume”, avaliou. A reportagem ressalta que, desde que Ferreira Júnior assumiu o comando da Vibra, em março, a companhia fechou uma série de parcerias estratégicas que apontam para esse novo norte dos negócios. Em 2030, a empresa entende que cerca de um terço de seu Ebitda (sigla para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) deverá vir dessas novas linhas de negócios.
Um dos principais movimentos recentes foi a aquisição de 50% da Comerc, uma das maiores comercializadoras de energia elétrica e gestoras do ambiente de contratação livre de energia do país. Segundo Ferreira Júnior, a ação já posiciona a Vibra como um “grande player” nesse mercado. Outra aposta é a comercialização de etanol. Em agosto, a Vibra se uniu à Copersucar numa joint venture, que já nasce como destaque em comercialização de biocombustível.
TRF-4 mantém liminar para projeto de usina termelétrica de Rio Grande
A Justiça Federal manteve, ontem (19/10), a liminar que assegura o investimento de uma termelétrica a gás natural, localizada no Porto de Rio Grande, na região Sul do Rio Grande do Sul. Por três votos a zero, os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiram a favor da empresa responsável pelo empreendimento, que é o grupo espanhol Cobra.
A discussão foi tratada durante a missão governamental à Espanha, que ocorreu há duas semanas. Assim, o projeto pode ter andamento, com expectativa de início no próximo ano. A estimativa atual é de que fique pronto em 2024. O investimento estimado é superior a R$ 6 bilhões, além de auxiliar na matriz energética do estado.
O jornal gaúcho Correio do Povo informa que o projeto em questão teve início em 2009, porém, está paralisado desde 2015, em função de impasses judiciais, o que afastou os investidores iniciais. Desde 2018, a iniciativa foi adquirida pelo grupo espanhol, que tem experiência na área. A ação judicial foi movida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) contra a autorização de outorga da termelétrica. Após a decisão, o grupo Cobra conseguiu na Justiça a liminar favoravel ao empreendimento, agora mantida pelos desembargadores.
Pulse, hub de inovação da Raízen, lança chamada pública para startups do segmento de energia
O Pulse, hub de inovação da Raízen, empresa integrada de energia, lançou ontem (19/10) a chamada de energia para startups e empresas de base tecnológica que tenham soluções voltadas ao setor. A iniciativa tem como objetivo promover parcerias entre a empresa e startups, gerar oportunidade de negócio, realizar projetos-piloto e contratar, com foco nas principais tendências que impactam o setor. (Tn Petróleo)
Exxon Mobil discute descontinuar grandes projetos de petróleo e gás
A petroleira americana Exxon Mobil está travando internamente um debate sobre descontinuar alguns de seus grandes projetos de petróleo e gás natural, considerando sua estratégia de investimento em um cenário de energia em rápida mudança. Os membros do conselho — que inclui três diretores nomeados por um investidor ativista em maio e dois outros novos membros — expressaram preocupações sobre certos projetos, incluindo um desenvolvimento de gás natural liquefeito de US$ 30 bilhões em Moçambique e outro projeto de gás no Vietnã. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quarta-feira (20/10), em evento na cidade de Russas, no Ceará, o valor de R$ 400 para o programa Auxílio Brasil. Em meio à queda de braço entre as alas política e econômica do governo sobre o formato de financiamento do programa para substituir o Bolsa Família, Bolsonaro, no entanto, mesmo sem explicar a origem dos recursos, prometeu que não vai furar o teto de gastos, regra que limita o avanço das despesas à inflação. (O Estado de S. Paulo)
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O Brasil chegou, nesta quarta-feira (20/10), a mais de 50% da população com esquema vacinal completo contra a covid-19. Ou seja, metade dos brasileiros tomaram as duas doses da vacina ou o imunizante de dose única.
Foram as 651.053 segundas doses registradas hoje que levaram o país a passar dos 50%. Também foram notificadas 292.943 primeiras doses, 40.389 doses únicas e 116.585 doses de reforço. Com as doses registradas, já são 152.325.559 brasileiros com a primeira dose. Ao todo, 106.874.272 já tomaram também a segunda ou a dose única, o equivalente a 50,1% da população. (Folha de S. Paulo)