A exploração da Margem Equatorial, região que abrange as bacias marítimas de exploração e produção de petróleo e gás próximas à Linha do Equador, no Norte e Nordeste, deve ficar para 2023. O Valor Econômico apurou que a Petrobras ainda aguarda a definição, junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da data para a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO) para perfuração em águas profundas no Amapá.
A reportagem explica que a atividade é um dos pré-requisitos para a emissão da licença ambiental que libera a companhia para iniciar a perfuração, o que vai marcar o retorno das atividades à Margem Equatorial. Essa região, que se estende do litoral do Rio Grande do Norte ao Oiapoque (AP), no extremo norte do país – e inclui as bacias Foz do Amazonas, Pará, Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar -, tinha campanha exploratória prevista para começar até fim deste ano.
De acordo com fontes da reportagem, a realização da APO ainda depende da liberação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará. Depois da APO, ainda está prevista a realização de um simulado, antes da emissão da licença ambiental. O diretor de exploração e produção da Petrobras, Fernando Borges, disse no início de novembro que a companhia começava a deslocar a sonda de perfuração para o Amapá para o simulado. Até agora, no entanto, as atividades não avançaram. De acordo com a estatal, a APO vai ser realizada em data a ser definida “em breve” junto ao Ibama.
Privatização impulsiona investimentos em produção de petróleo no Nordeste
A Folha de S. Paulo traz hoje (22/12) uma reportagem a respeito dos benefícios à população, decorrentes das atividades da PetroRecôncavo em Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde assumiu as operações dos campos da Petrobras em dezembro de 2019.
Segundo dados do município de Mossoró (RN), citados pela reportagem, a receita com royalties do petróleo até novembro chegou a R$ 27 milhões, 50% superior ao registrado em 2021, já descontada a inflação do período. A expectativa da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) é que o valor some R$ 34 milhões em 2024, o maior desde os R$ 37 milhões de 2014.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o número de postos de trabalho com carteira assinada na cidade cresceu quase 10% em 12 meses, com a abertura de 5,1 mil novas vagas.
Estoques semanais de petróleo dos EUA caem 5,89 milhões de barris
Os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram 5,9 milhões de barris na semana terminada em 16 de dezembro, para 418,2 milhões de barris, apontou o Departamento de Energia do país. Alguns economistas projetavam uma queda bem menor, de 300 mil barris. No mesmo período, os estoques de gasolina tiveram alta, de 2,5 milhões de barris, totalizando 223,583 milhões de barris. Em relação às reservas de destilados – que incluem diesel e óleo para calefação- houve uma queda de 200 mil barris, para 120 milhões de barris. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
A aprovação da PEC de Transição pelo Congresso, ontem (21/12), e perspectivas de discussão de uma nova âncora fiscal para o país são destaque, hoje (22/12), na imprensa.
O Senado aprovou na noite da quarta-feira a PEC da Transição, elevando o teto de gastos em R$ 145 bilhões, valor suficiente para bancar o benefício do Bolsa Família em R$ 600 e mais um adicional de R$ 150 por criança de até seis anos. O prazo da proposta, que teve 63 votos a favor e 11 contra, é de um ano. Mais cedo, numa vitória importante para o futuro governo, um pouco antes de votar a PEC em segundo turno, a Câmara rejeitou destaque, apresentado pelo Partido Novo, que derrubaria a regra que permitirá ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), encaminhar até agosto do ano que vem um projeto de lei complementar para estabelecer uma nova âncora fiscal, em substituição ao teto de gastos. Se o destaque tivesse sido aprovado, a mudança só poderia ocorrer por meio de proposta de emenda à Constituição, que exige maioria de três quintos nas duas Casas do Congresso. (Valor Econômico)
A PEC foi aprovada pelo Senado na noite de ontem (21/12). Logo após a sessão do Senado, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) convocou o Congresso Nacional para promulgar a proposta, o que aconteceu ainda na noite da quarta – assim, o Orçamento será debatido nesta quinta-feira (22/12) já com o texto da PEC publicado no Diário Oficial. (Folha de S. Paulo)
O centrão, grupo comandando pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, só aceitou aprovar a PEC reduzindo a validade da proposta de dois para um ano e negociando a redistribuição das verbas orçamento secreto para emendas parlamentares individuais e verbas controladas pelos ministérios, que serão entregues a aliados políticos. (O Estado de S. Paulo)
Reportagem do jornal O Globo destaca que MDB, PSD e União Brasil deram ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a primeira vitória no Congresso.