O Valor Econômico informa que os votos recebidos até o momento pela Petrobras, relativos aos votos à distância da assembleia geral extraordinária (AGE) de acionistas, mostram uma rejeição dos minoritários à troca no comando da companhia e ao nome do general da reserva, Joaquim Silva e Luna.
Entre os candidatos ao conselho de administração (CA), Marcelo Gasparino, nome vinculado aos investidores, saiu na frente por uma das oito cadeiras em disputa. De acordo com a reportagem, os votos apurados até o fim da tarde de ontem (09/04), porém, frustraram as expectativas dos minoritários, que tentam aumentar a representatividade no colegiado.
Esse é o resultado parcial da eleição do conselho da estatal, com base no mapa sintético divulgado pela empresa, com as instruções de votos recebidos por meio do boletim de voto à distância. Ao todo, acionistas detentores de 10,67% das ações ordinárias votaram antecipadamente – ou seja, ainda há espaço para reviravoltas na disputa, principalmente porque os votos da União, acionista controlador da Petrobras, ainda não foram contabilizados.
O conselho da Petrobras é composto por 11 cadeiras, mas a eleição de segunda-feira (12/04) vale para oito delas. Ao todo, 12 candidatos concorrem ao pleito, sendo oito deles indicados pela União e quatro pelos acionistas minoritários. Na quinta-feira (08/04), a Petrobras informou que recebeu a solicitação do sistema de voto múltiplo – o que, na prática, permite aos acionistas votarem em nomes alternativos à chapa apresentada pela União.
O banqueiro Juca Abdalla foi o último a entrar no páreo, como a quarta indicação dos minoritários para o pleito. Até então, já haviam sido indicados pelos investidores os nomes de Leonardo Antonelli (conselheiro da Petrobras eleito em 2020, também por meio do voto múltiplo, e que tenta a recondução); Marcelo Gasparino; e Pedro de Medeiros. Eles concorrerão com os oito nomes indicados pela União: o engenheiro Ruy Schneider e o almirante Eduardo Bacellar (presidente do conselho), que concorrem à recondução; o general Joaquim Silva e Luna, a administradora Sonia Villalobos, a advogada Ana Matte e o trio Murilo Marroquim, Márcio Weber e Cynthia Silveira, oriundos do setor de óleo e gás.
Petrobras assina acordo com a União sobre cessão onerosa nos campos de Sépia e Atapu
A Petrobras informou em comunicado que o conselho de administração aprovou a assinatura de acordo com a União, que estabelece as participações em cada contrato e o valor de compensação à Petrobras no caso de licitação dos volumes excedentes da cessão onerosa nos campos de Sépia e Atapu.
O contrato de cessão onerosa incluiu o exercício de atividades de exploração e produção nas áreas de Sépia e Atapu, em volume de produção limitado a 500 milhões de barris de óleo equivalente (boe) em Sépia e 550 milhões de boe em Atapu.
Pelo campo de Atapu, a Petrobras receberá US$ 3,25 bilhões, e pelo campo de Sépia, a compensação líquida firme será de US$ 3,2 bilhões. As condições previstas serão refletidas em um acordo de coparticipação que vinculará a Petrobras e os novos contratantes das áreas.
O Acordo foi apreciado pelo Comitê de Auditoria Estatutário (CAE), pelo Comitê de Minoritários (COMIN) e aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras. Todavia, sua validade depende de aprovação pelo Ministério de Minas e Energia. (Agência Petrobras)
Argentina estuda controle do preço do petróleo em projeto de lei
Reportagem publicada hoje (10/04) no portal do Valor Econômico informa que o governo da Argentina busca controles de longo prazo dos preços do petróleo. A ideia de estabelecer um teto e um piso para os preços domésticos do petróleo está sendo elaborada em projeto de lei que visa estimular investimentos em petróleo e gás. Foi o que disse o ministro da Produção, Matias Kulfas, em entrevista à imprensa na última quinta-feira (08/04).
Segundo ele, um limite de preço evitaria que ondas compradoras nos mercados de petróleo elevassem os preços dos combustíveis. O governo do presidente Alberto Fernández está em fase de elaboração do projeto de lei, que será enviado este ano ao Congresso para debate entre parlamentares.
Governo espanhol vai dar até 7 mil euros para troca de carro antigo por elétrico
A Folha de S. Paulo informa que o governo espanhol apresentou ontem (09/04) programa com orçamento inicial de € 400 milhões (R$ 2,8 bilhões) para incentivar a retirada de carros poluentes das ruas e acelerar a adoção de veículos elétricos.
Pela iniciativa, chamada Moves III, os motoristas poderão receber até € 7.000 (R$ 47 mil) para comprar carros elétricos até 2023. O valor máximo é atingido quando o veículo a ser substituído tem mais de sete anos de uso. Haverá ainda um adicional de 10% no benefício para taxistas, moradores de cidades com menos de 5.000 habitantes e pessoas com mobilidade reduzida.
O Ministério para a Transição Ecológica diz que a meta é chegar até o final do programa com 250 mil veículos elétricos em circulação e 100 mil pontos de recarga. Com isso, será evitada a emissão de 450 mil toneladas de CO2. O governo também prevê a criação de 40 mil empregos.
PANORAMA DA MÍDIA
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirma que não mexerá “um milímetro” para impedir a atuação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid, embora diga ser contrário à sua instalação neste momento.
“Uma vez instalada, vou permitir todas as condições que funcione bem e chegue às conclusões necessárias”, afirmou. “Aliás é muito importante que ela cumpra sua finalidade na apuração de responsabilidades”, disse. Na entrevista, Pacheco disse ainda que o presidente Jair Bolsonaro “não contribui” com seu discurso negacionista. “Para bom entendedor, um pingo é letra. Quando ele (Bolsonaro) prega qualquer tipo de negacionismo, eu vou criticar o negacionismo e consequentemente estou criticando a fala dele”, afirmou.
*****
O jornal O Globo informa que, em resposta ao presidente Jair Bolsonaro, que a apoiadores acusou o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, de “ativismo judicial” ao determinar que o Congresso instale a CPI da Pandemia, o STF reagiu e reafirmou que a decisão do ministro obedece a Constituição.
*****
Ainda na edição de hoje (10/04), o jornal O Globo informa que levantamentos preliminares de casos e mortes por covid-19 entre profissionais de saúde mostram que a vacinação da categoria, iniciada em janeiro deste ano, começa a surtir efeito.
Não há estudos conduzidos apenas com imunizados, e os parâmetros de avaliação divergem entre diferentes instituições, mas o avanço da imunização traz alento e esperança a quem trabalha na linha de frente do combate à doença.
*****
Reportagem publicada na edição deste sábado (10/04) do jornal O Estado de S. Paulo denuncia que em plena disputa global por vacinas para a covid-19 é possível receber, via WhatsApp, uma proposta de 20 milhões de doses do imunizante Oxford-AstraZeneca, por 4 euros por unidade (cerca de R$ 26,5).
O preço e o cronograma de entrega, em até 30 dias, são melhores do que o governo federal obteve em grandes negociações. A oferta que parece de ouro, porém, não tem garantia de entrega ou aval da fabricante: é um retrato do mercado paralelo de vacinas, que levanta alertas sobre risco de golpe.