O Valor Econômico informa que a comercializadora Zeta Energia iniciou suas operações na última semana, com uma injeção de liquidez no mercado livre, a partir do montante de R$ 800 milhões. Os recursos foram captados pelo segundo fundo de investimentos do grupo Delta Energia, criado para formar a nova comercializadora.
Segundo a reportagem, a Zeta pretende atuar em operações de grandes volumes de energia para clientes de grande porte. “Havia espaço a ser ocupado por uma empresa desse porte, para gerar liquidez a operações maiores, mais volumosas, embora iremos atuar também em operações menores. Mas existia uma lacuna no mercado para esse porte de comercializadora”, afirmou Zebedeu Fernandes, diretor da Zeta Energia.
O processo de criação da Zeta Energia foi semelhante ao da Beta Comercializadora, formada em 2017 pelo fundo de investimentos CSHG Delta Energia, com cerca de R$ 1 bilhão captados pelo Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG) e a Delta. Já a Zeta foi estabelecida a partir do fundo BCPS Delta Energia Fundo Multimercado, parceria da Delta com um fundo estrangeiro, cujo nome não é informado. Juntos, captaram R$ 800 milhões.
Bolsonaro admite rever política de preço da Petrobras
O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (16/05), em transmissão ao vivo pelas redes sociais, que pode rever a política de preços de combustíveis da Petrobras caso não haja prejuízo para a empresa.
“O preço do combustível é feito pela Petrobras. Leva em conta o preço do barril de petróleo lá fora, bem como a variação do dólar. Lógico que se a gente puder rever isso aí sem prejuízo para a empresa, sem problema nenhum, às vezes a política pode ter algum equivoco”, afirmou Bolsonaro.
Ao lado do ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, o presidente perguntou quando o preço do combustível irá cair e ouviu do auxiliar que isso acontecerá quando o país aumentar sua produção de petróleo. “Temos perspectivas com os leilões que vamos realizar, temos a maior área de produção do mundo e só com produção vamos conseguir reduzir o preço do combustível, do gás”, disse o ministro. A reportagem é da Folha de S. Paulo.
Bolsonaro quer diminuir espera por PCH
O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (16/05), durante pronunciamento semanal ao vivo em sua página no Facebook, que o Ministério do Meio Ambiente vai reduzir o tempo para obtenção de licença para interessados em construir uma pequena central hidrelétrica (PCH). Segundo ele, atualmente esse tempo médio é de 10 anos, mas “em breve”, serão anunciadas mudanças no prazo.
“Vamos diminuir esse tempo porque quem fizer uma PCH, com toda certeza, vai ter energia para a sua propriedade rural e ajudar na questão da energia no Brasil”, afirmou.
Segundo definição da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a PCH é uma usina de pequeno porte com capacidade instalada maior do que 3 megawatts (MW) e menor do que 30 MW de potência. Outro limite estabelecido para a PCH é o tamanho de seu reservatório, que não pode ultrapassar os 13 quilômetros quadrados. As informações foram postadas no site da revista IstoÉ.
Proposta por usina de Santo Antônio é rejeitada pela Cemig
Colocada no plano de desinvestimentos da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a Hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia, havia recebido oferta de uma companhia chinesa pelo empreendimento, mas a proposta não agradou e as conversas foram paralisadas, disse ontem (16/05) o diretor de Finanças da estatal mineira, Maurício Fernandes Leonardo Júnior, em teleconferência de apresentação de resultados a investidores.
Ao longo da semana, o interesse da companhia chinesa State Power Investment Corp (SPIC) pela fatia de 15% da Cemig na usina de Santo Antônio havia sido divulgada pela imprensa. Além da Cemig, os principais sócios da hidrelétrica de Rondônia são Furnas, da Eletrobras, com 43%, e a construtora Odebrecht, com 18,25%. Os veículos de investimento Caixa FIP Amazônia Energia e SAAG Investimentos, da Andrade Gutierrez, também contam com participações. As informações foram publicadas hoje (17/05) pelo Diário do Comércio, de Minas Gerais.
PANORAMA DA MÍDIA
A reforma da Previdência volta às primeiras páginas dos jornais nesta sexta-feira (17/05). O Valor Econômico informa, em sua edição de hoje, que o relator da proposta do governo na Comissão Especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), entende que o regime de capitalização, sistema de aposentadoria individual incluído no texto enviado ao Congresso, deve exigir contribuição das empresas.
“Se 90% (da receita para a Previdência) é patronal e o sistema ainda é deficitário, a contribuição patronal tem uma importância enorme”, disse Moreira ao Valor. O projeto do governo não prevê contribuição do empregador, mas um sistema em que o trabalhador contribui sozinho. O relator argumenta, porém, que o modelo não se sustenta sem a contribuição patronal.
O Correio Braziliense também deu destaque à reforma Previdência e publicou declarações feitas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento nos Estados Unidos, de que a aprovação da reforma, até julho, lhe foi assegurada pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
A insegurança dos investidores frente à retomada da economia e à aprovação de reformas, sobretudo a da Previdência, levou o dólar comercial, ontem (16/05), a fechar em alta de 0,97%, a R$ 4,035, sua maior cotação desde setembro. Este é o destaque da edição de hoje do jornal O Globo.
A Folha de S. Paulo informa que as verbas de livre manejo de universidades federais retrocederam ao patamar de uma década atrás, em função do bloqueio de despesas promovido pelo governo. Esses são os recursos para pagamento de serviços como luz, água, limpeza, investimentos, entre outros itens.
O jornal O Estado de S. Paulo destaca afirmações do presidente Jair Bolsonaro, feitas ontem, nos EUA, que as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro que envolvem seu filho Flávio Bolsonaro têm por objetivo atingi-lo. Em tom desafiador, o presidente afirmou que Flávio, senador pelo PSL-RJ, é alvo de “esculacho”. “Querem me atingir? Venham pra cima de mim. Querem quebrar meu sigilo, eu sei que tem de ter um fato, mas eu abro o meu sigilo. Não vão me pegar”, disse Bolsonaro.