
Um dos únicos grandes bancos comerciais do Brasil ainda sem uma mesa de comercialização de energia, o Banco do Brasil ampliou sua atuação no mercado de energia elétrica, selecionando parceiros para seus clientes.
O banco anunciou recentemente o fechamento dos primeiros contratos de comercialização de energia no mercado livre, o que foi interpretado como início da sua atuação neste segmento, seguindo o exemplo de instituições como Itaú, Santander, Bradesco e BTG Pactual.
Em nota à MegaWhat, o BB esclareceu que sua atuação é restrita ao apoio dos clientes à transição do mercado regulado para o livre.
“O atendimento é realizado por meio de parcerias com comercializadoras, selecionadas após um rigoroso processo de seleção”, disse o banco, que reiterou que acompanha os movimentos recentes do setor elétrico e a expectativa de abertura total do mercado livre nos próximos anos.
Mercado livre e sustentabilidade
As parcerias estão ainda alinhadas com sua estratégia de sustentabilidade.
“O banco reafirma seu protagonismo ao ingressar no mercado livre de energia, oferecendo soluções sustentáveis, eficientes e econômicas aos nossos clientes. Desse modo, reforçamos o compromisso em incentivar nossos públicos de relacionamento a migrar para uma economia mais justa, verde, diversa e inclusiva, com foco na sustentabilidade e na inovação”, disse, em nota divulgada recentemente, o vice-presidente de Negócios de Governo e Sustentabilidade Empresarial do BB, José Ricardo Sasseron.
O banco estatal já migrou mais de 1.200 dos seus prédios ao mercado livre de energia, e espera alcançar 1.560 ainda no primeiro semestre deste ano. Segundo Sasseron, os esforços economizaram R$ 50 milhões em 2024.
Expansão e sustentabilidade no Banco do Brasil
Para as unidades que não podem migrar ao mercado livre, o Banco do Brasil investiu em geração distribuída, e tem 25 usinas solares de geração solar fotovoltaica, compensando o consumo de 1.600 edifícios, aproximadamente. Mais duas usinas devem ser inauguradas no semestre.
Atualmente, entre os bancos tradicionais que atendem varejo, Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, ambos estatais, não tem operações de compra e venda de energia elétrica.
O trading de energia é uma aposta desde os grandes bancos comerciais até instituições nichadas, como Genial, ABC Brasil, Safra, XP e Fibra.