O Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia Elétrica (BBCE), que iniciou nesta segunda-feira, 18 de janeiro, as negociações de derivativos de energia, estuda a possibilidade de negociar, no futuro créditos de descarbonização (CBIOs), certificados de energia renovável (I-RECs) e papeis relacionados à ESG (sigla em inglês relativa a critérios de governança ambiental, social e corporativa).
“Estamos estudando essa infraestrutura de negociação [para os mercados de CBIO, I-REC e ESG]”, afirmou o presidente do BBCE, Carlos Ratto, à MegaWhat. Ele, no entanto, não indicou um prazo para a definição sobre a negociação desses produtos.
Com relação aos derivativos de energia, o executivo explicou que, logo nas primeiras horas de abertura das operações, foram registradas as primeiras negociações, feitas por comercializadoras de energia. Hoje, 10% do total de clientes do BBCE já estão cadastrados para negociar derivativos.
A empresa, porém, prevê uma segunda onda de participantes, a partir da entrada de instituições financeiras nesse mercado. “Já recebemos consultas de instituições financeiras”, afirmou. Segundo ele, esse novo movimento deve ocorrer assim que o mecanismo ganhar mais liquidez.
“O importante é crescer de forma sustentável”, completou.
A empresa, que registrou volume recorde de energia negociado em 2020, de 183 gigawatts-hora (GWh), tem expectativa positiva para este ano, principalmente pela retomada do crescimento da carga de energia nos últimos meses.
