O jornal O Estado de S. Paulo publicou, no início da tarde de hoje (17/09), em seu portal de notícias, dados que fazem parte de um levantamento técnico realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), segundo o qual, as bandeiras tarifárias – taxas extras incluídas na conta de luz – já custaram um total de R$ 32,24 bilhões aos consumidores de todo o país.
O valor, sem incluir correções monetárias, soma tudo o que foi pago de janeiro de 2015, quando as bandeiras tarifárias entraram em vigor, até junho de 2019, além da previsão de desembolso até dezembro. O relatório avalia os resultados financeiros do mecanismo de cobrança criado para evitar rombos no setor elétrico, por causa dos períodos críticos de seca e da consequente baixa nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, o que afeta diretamente no custo da energia.
As bandeiras também tiveram efeito direto nos reajustes anuais cobrados pelas distribuidoras, reduzindo um repasse tarifário adicional. O levantamento da Aneel mostra que, nos anos de 2016, 2017 e 2018, as bandeiras evitaram um repasse médio de 11,06%, 2,12% e 4,26%, respectivamente, para o consumidor nacional. Em 2019, a partir dos dados fechados até agosto, as bandeiras já evitaram um repasse tarifário adicional médio de 4,49%.
Tensão na Arábia Saudita pode beneficiar leilões do pré-sal
A escalada dos preços do petróleo no mercado internacional, depois dos ataques às refinarias sauditas no fim de semana, pode trazer ao menos dois efeitos sobre o mercado brasileiro no curto prazo, segundo analistas. Um deles é a tendência de que as cotações dos combustíveis subam nos próximos dias. O segundo envolve os leilões de áreas do pré-sal deste ano, que podem ganhar atratividade e despertar ainda mais a atenção das empresas asiáticas, interessadas em reduzir a dependência do Oriente Médio. A análise é do Valor Econômico, feita com base em depoimentos de especialistas e agentes do mercado.
Numa perspectiva de médio e longo prazos, a percepção é que o Brasil se consolidará como um grande destino de investimentos. Os conflitos geopolíticos colocam, ainda, a política de preços e o programa de venda de refinarias da Petrobras em seu “grande teste”. Para o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, o evento geopolítico tende a aumentar a percepção de riscos sobre a produção do Oriente Médio e a beneficiar os leilões do pré-sal: a 16ª rodada de concessões, a 6ª rodada de partilha e o megaleilão dos excedentes da cessão onerosa, marcados para entre outubro e novembro.
16ª rodada da ANP tem mais cinco empresas inscritas
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou hoje (17/09), no Diário Oficial da União, a lista das últimas cinco empresas inscritas na 16ª rodada de licitações prevista para 10 de outubro. São elas: Enauta, Murphy Oil, Petrogal, Petronas e Whintershall DEA. O leilão terá ao todo 17 empresas participantes – o mesmo número e as mesmas empresas que participaram da 15ª rodada, realizada no ano passado.
O certame vai ofertar 36 blocos em sete setores de cinco bacias sedimentares marítimas de Pernambuco-Paraíba, Jacuípe, Camamu-Almada, Campos e Santos, totalizando 29,3 mil km² de área. Em 26 de setembro termina o prazo para apresentação das garantias de oferta. A expectativa da agência é que os contratos do leilão sejam assinados em fevereiro do próximo ano. As informações estão disponíveis no site da ANP.
Aprimoramento do estatuto do ONS está em audiência
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (17/09) abertura de audiência pública que tem o objetivo de reunir contribuições à proposta que altera o Estatuto do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Matéria publicada no site da agência explica que o ONS é responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) e pelo planejamento da operação dos sistemas isolados.
Desde a última aprovação do estatuto pela Aneel, ocorreram diversas alterações legais e normativas. Por esse motivo, a agência decidiu analisar contribuições para aprimoramento das propostas de alterações do texto vigente. Interessados podem consultar os documentos da audiência na página de audiências públicas da Aneel.
Angra 3, no caminho da definição de um novo modelo de negócios
O Canal Energia informa que autoridades do governo e do setor elétrico estão envolvidas nas discussões políticas e empresariais em torno do projeto de Angra 3, no litoral sul do Rio de Janeiro, com o objetivo de definir um caminho que permita a conclusão do empreendimento, cujas obras estão paradas desde 2015.
De acordo com a reportagem, garantir a viabilidade econômico-financeira do negócio é hoje o ponto nevrálgico das tratativas, e a solução de consenso passa, necessariamente, pela entrada de um sócio privado ao lado da estatal Eletronuclear. A análise está sendo feita pelo comitê interministerial criado em agosto, que reúne os Ministérios da Economia, de Minas e Energia e da Secretaria Especial do Programa de Parceria de Investimentos (PPI). A expectativa é chegar a uma definição até o final deste ano.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o edital para convocação dos interessados na iniciativa privada deve ser publicado no início de 2020, e o processo de escolha da empresa que se associará à Eletronuclear deve ocorrer ao longo do próximo ano. “A inclusão de Angra 3 no PPI significa que o empreendimento é uma das prioridades do governo federal. A escolha do parceiro abre caminho para a mobilização do canteiro a partir do final de 2020, permitindo a retomada efetiva da obra no começo de 2021”, disse o ministro.
Hidrelétrica de Sinop tem autorização para iniciar operação comercial
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou hoje (17/09) o início de operação comercial da hidrelétrica de Sinop, no Mato Grosso. O empreendimento, que tem como sócios a francesa EDF e as estatais Eletronorte e Chesf, subsidiária da Eletrobras, recebeu cerca de R$ 3,3 bilhões em investimentos.
O início da geração de energia em caráter comercial na usina, construída no rio Teles Pires, será com a unidade geradora UG 02, de 200,9 megawatts em capacidade. A hidrelétrica terá um total de 401,8 megawatts quando concluída, com a entrada de mais uma turbina em funcionamento. A concessão do empreendimento foi licitada pelo governo federal em 2013. As informações foram divulgadas pela agência de notícias Reuters.
Nordeste reage contra a importação de álcool
O Diário de Pernambuco informa que o setor de açúcar e álcool do Nordeste está se mobilizando contra a decisão do governo federal de acatar pedido do presidente dos EUA, Donald Trump, para não apenas prorrogar por mais 12 meses a compra de álcool anidro, obtido a partir do milho, sem a cobrança de imposto de importação, de 20%, mas também aumentar a cota livre de tributo, de 600 milhões de litros para 750 milhões.
De acordo com a reportagem, produtos de cana-de-açúcar e proprietários de usinas consideram a decisão do governo brasileiro prejudicial ao setor e deverão se reunir hoje (17/09), às 17 horas, com o líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo (PSL-GO), e outras lideranças políticas para discutir como minimizar os efeitos negativos dessa decisão.
Distribuidoras da Neoenergia oferecem 50% de desconto na compra de painéis solares
O Canal Energia informa que a Coelba, Elektro e a Celpe, distribuidoras da Neoenergia, estão oferecendo 50% de desconto para consumidores interessados em adquirir sistemas fotovoltaicos para gerar parte da energia que consomem. A oferta, que integra o Projeto Bônus Solar, foi lançada ontem (16/09), numa iniciativa viabilizada por meio do Programa de Eficiência Energética, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A expectativa é que o programa atenda 700 clientes residenciais baianos, 1.432 paulistas e 500 pernambucanos até 2020. A Cosern também contará com a iniciativa, o que deve acontecer até o final do ano. As inscrições para acesso ao desconto na compra serão realizadas diretamente nos canais de internet das concessionárias.
Governo do Espírito Santo anuncia edital para construção de usina solar fotovoltaica
O governo do Espírito Santo vai investir em geração de energia solar em todos os prédios públicos, com o objetivo de economizar energia e reduzir gastos na conta de luz. Em breve, deverá anunciar o lançamento do edital para escolher a empresa que vai construir a usina de geração de energia limpa em edifícios do governo, escolas estaduais e prédios da polícia.
Segundo o governador do estado, Renato Casagrande, o modelo da parceria ainda está sendo discutido, mas poderá ser na forma de Parceria Público-Privada (PPP). Também será definida a área onde a usina será construída. A informação é do Portal Solar.
Enel, Cemig e Weg entram no Índice Dow Jones de Sustentabilidade
O Canal Energia informa que três empresas que atuam no setor elétrico brasileiro foram incluídas na edição 2019/2020 do Índice Dow Jones de Sustentabilidade. A italiana Enel, maior grupo de distribuição de eletricidade do país, entrou na lista pela décima sexta vez, por meio da subsidiária sul-americana do grupo, a Enel Américas. As outras duas empresas são a estatal mineira de energia elétrica Cemig e a fabricante de equipamentos catarinense WEG.
O Índice Dow Jones de Sustentabilidade é um dos melhores benchmarks para investidores que querem gerar valor para acionistas a longo prazo e que desejam refletir suas convicções de sustentabilidade nos seus portfólios de investimentos.
PANORAMA DA MÍDIA
O Pentágono recomentou ao presidente dos EUA, Donald Trump, dar uma resposta cautelosa aos ataques recentes a instalações petrolíferas na Arábia Saudita. Fontes do Departamento de Defesa alertaram para o custo elevado de um conflito com o Irã, aliado do Iêmen nesse conflito. A Casa Branca culpou o Irã pelo ataque desferido por rebeldes iemenitas houthi. A notícia foi publicada pelo site do Estado de S. Paulo.
