O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu ampliar as medidas adicionais em curso para garantir o suprimento de energia no país. Em reunião realizada nessa quarta-feira, 5 de maio, foi decidido ampliar a geração termelétrica fora da ordem de mérito e importação de energia sem substituição do Uruguai ou da Argentina, sem limitação nos montantes e preços associados.
Os despachos poderão ser feitos desde que a energia seja alocável na carga e as restrições operativas sejam respeitadas, de forma a minimizar o custo operacional do sistema elétrico.
Isso significa que não haverá limite para o despacho de termelétricas com custo de geração superior ao Custo Marginal da Operação (CMO), nem para importação de energia, desde que seja necessário para atender a carga do Sistema Interligado Nacional (SIN).
O CMSE reconheceu ainda a importância de que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mantenha as tratativas com vistas à flexibilização de restrições hidráulicas com a Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) e com o Ibama. Essas iniciativas têm a intenção de contribuir para a manutenção da governabilidade das cascatas hidráulicas do país.
Segundo o ONS, o cenário para as condições de atendimento é de atenção. Entre setembro de 2020 e abril deste ano, as afluências do SIN tiveram o pior desempenho de toda a série histórica, desde 1931. Os armazenamentos nos reservatórios das hidrelétricas permanecem em patamares baixos, com destaque para o Sudeste/Centro-Oeste, que teve em abril o menor valor verificado para o mês desde 2015.
A plena recuperação dos reservatórios só será possível quando houver volumes de chuva suficientes de maneira “mais perene”, diz o CMSE.