Geração

CMSE retira limites para despacho de termelétricas fora da ordem de mérito e importação de energia

Sobradinho – A Usina Hidrelétrica de Sobradinho tem capacidade total de 1050 megawatts, mas com a falta de água só tem sido possível gerar cerca de 160 megawatts (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Sobradinho – A Usina Hidrelétrica de Sobradinho tem capacidade total de 1050 megawatts, mas com a falta de água só tem sido possível gerar cerca de 160 megawatts (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu ampliar as medidas adicionais em curso para garantir o suprimento de energia no país. Em reunião realizada nessa quarta-feira, 5 de maio, foi decidido ampliar a geração termelétrica fora da ordem de mérito e importação de energia sem substituição do Uruguai ou da Argentina, sem limitação nos montantes e preços associados. 

Os despachos poderão ser feitos desde que a energia seja alocável na carga e as restrições operativas sejam respeitadas, de forma a minimizar o custo operacional do sistema elétrico.

Isso significa que não haverá limite para o despacho de termelétricas com custo de geração superior ao Custo Marginal da Operação (CMO), nem para importação de energia, desde que seja necessário para atender a carga do Sistema Interligado Nacional (SIN).

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O CMSE reconheceu ainda a importância de que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mantenha as tratativas com vistas à flexibilização de restrições hidráulicas com a Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) e com o Ibama. Essas iniciativas têm a intenção de contribuir para a manutenção da governabilidade das cascatas hidráulicas do país.

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Segundo o ONS, o cenário para as condições de atendimento é de atenção. Entre setembro de 2020 e abril deste ano, as afluências do SIN tiveram o pior desempenho de toda a série histórica, desde 1931. Os armazenamentos nos reservatórios das hidrelétricas permanecem em patamares baixos, com destaque para o Sudeste/Centro-Oeste, que teve em abril o menor valor verificado para o mês desde 2015.

A plena recuperação dos reservatórios só será possível quando houver volumes de chuva suficientes de maneira “mais perene”, diz o CMSE.