Economia e Política

Comissão Europeia aprova quarto pacote de sanções à Rússia; medidas envolvem energia e aço

Comissão Europeia aprova quarto pacote de sanções à Rússia; medidas envolvem energia e aço

A Comissão Europeia aprovou nesta terça-feira, 15 de março, o quarto pacote de sanções e medidas restritivas contra a Rússia devido à escalada dos conflitos com a Ucrânia, incluindo proibições de investimentos no setor de energia russo e banimento nas importações de produtos de aço.

Com relação ao setor energético, as proibições já aprovadas foram intensificadas, atingindo as petrolíferas Rosneft, Transneft e Fazprom, mas com exceções limitadas a energia nuclear para usos civis e o transporte de certos produtos para a União Europeia.

Além disso, o pacote também conta com medidas de restrição a crédito para empresas russas, sanções a empresas ativas nas áreas militar e de defesa, proibição total de qualquer transação com empresas nacionais russas de diferentes setores ligadas ao complexo militar-industrial do Kremlin e banimento nas exportações de bens de luxo.

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Segundo comunicado oficial da União Europeia, o objetivo é aumentar a pressão econômica no Kremlin e afetar a habilidade russa de financiar sua invasão à Ucrânia.

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Em conjunto com a Organização Mundial do Comércio (OMC), a União Europeia concordou, ainda, em negar o tratamento de nação mais favorecida aos produtos russos em território europeu. Isso suspenderá benefícios comerciais da Rússia junto à OMC no mercado europeu.

Ainda hoje, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, fez um pronunciamento sobre a necessidade de acabar com a dependência energética europeia em relação ao petróleo e o gás russos.

“Eu acho que nós temos uma crise global, na qual está obvio que a agressão russa à Ucrânia influenciou no aumento de preço dos hidrocarbonetos, no aumento de preço do petróleo. É essencial, se nós vamos enfrentar as provocações de Putin, se nós vamos evitar as chantagens de Putin – como muitos países ocidentais já foram [chantageados] –, nós precisamos nos livrar dos hidrocarbonetos russos. Eles são grande parte do mercado de hidrocarbonetos, eles ajudam a regular os preços, nós precisamos falar com outros produtores mundiais sobre como nós podemos nos livrar dessa dependência”, afirmou Johnson.