Consumo

Aumento ‘substancial’ da GD deve pressionar preços de energia, diz Itaú BBA

A previsão de aumento da carga em 3,3% entre 2024 e 2028 frustrou parte do mercado, segundo relatório do Itaú BBA publicado nesta segunda-feira, 8 de abril. Além do crescimento abaixo das expectativas, a projeção trazida na revisão quadrimestral indicou que o aumento “substancial” da geração distribuída (GD) deve pressionar os preços da energia para baixo.

Aumento ‘substancial’ da GD deve pressionar preços de energia, diz Itaú BBA

A previsão de aumento da carga em 3,3% entre 2024 e 2028 frustrou parte do mercado, segundo relatório do Itaú BBA publicado nesta segunda-feira, 8 de abril. Além do crescimento abaixo das expectativas, a projeção trazida na revisão quadrimestral indicou que o aumento “substancial” da geração distribuída (GD) deve pressionar os preços da energia para baixo.

A revisão quadrimestral elaborada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê que, dos 78.447 MW médios de carga em 2024, cerca de 4.805 MW médios devem ser atendidos pela GD. Em 2028, a demanda deve ser de 89.257 MW Médios, com GD na casa de 6.467 MW médios.

Para o Itaú BBA, estas projeções comprometem a tendência de alta nos preços observada nos últimos meses. “Como resultado, os preços colapsaram hoje, com contratos para o segundo semestre de 2024 e 2025 despencando mais de 25% em relação ao pico recente de março”, diz o relatório.

Na avaliação dos consultores, o cenário é particularmente preocupante para empresas com grandes volumes de energia descontratada, que estão mais expostas às dinâmicas de preço de curto prazo. “Eletrobras e, em menor grau, Copel, estão entre as empresas que podem ser mais afetadas caso esta tendência perdure”, avalia o Itaú BBA.