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Brasil deve exportar 1.200 MW médios de geração térmica em julho

Brasil deve exportar 1.200 MW médios de geração térmica em julho

Com a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas verificado o Brasil passou a exportar energia para os vizinhos Argentina e Uruguai em maio, além de reduzir a geração por ordem de mérito e a partir de térmicas inflexíveis. 

Em julho, a expectativa é de exportação de 1.200 MW médios, um pouco abaixo dos 1.270 MW médios exportados em junho, mas bem acima dos 245 MW médios em maio. 

O total de geração térmica deve somar 2.075 MW médios neste mês, dos quais, 648 MW médios devem-se a geração por ordem de mérito e 2.628 MW médios de termelétricas inflexíveis. O valor total já representa 18,2% do que vinha sendo gerado em janeiro, quando havia geração térmica por garantia energética e importação da Argentina e Uruguai. 

Os dados foram apresentados pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) a agentes durante a reunião do Programa Mensal da Operação (PMO) desta quinta-feira, 28 de julho. 

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Conforme apresentação técnica durante o encontro, existe um acordo para que a energia exportada para a Argentina e Uruguai seja devolvida até outubro, no entanto, a depender da geração e tratativas entre os países, parte pode ser devolvido antes, como aconteceu na última quarta-feira, quando o Uruguai disse que possuía energia excedente para despachar ao Brasil. 

A região Sul está exportando energia para a Argentina e Uruguai desde 10 de maio, buscando evitar o vertimento turbinável dos reservatórios. 

Atendimento à carga

Com a entrada do período seco, apesar das condições mais atípicas de precipitação em maio, as principais bacias do país estão com acumulados negativos. Na bacia do Tocantins, o volume chega a -13%, enquanto Grande e Paranaíba estão com negativos em 9%. Quem se destacou com acumulação positiva de precipitação foi a bacia do São Francisco, com alta de 17%, que resulta em 390 milímetros superior à média histórica. 

O subsistema Sudeste/Centro-Oeste manteve-se importador de energia, assim como aconteceu ao longo dos últimos seis meses, mas ampliando ainda mais o volume a ser importado. 

A geração hidráulica foi reduzida no subsistema de 24.230 MW médios em maio para 23.484 MW médios em junho, como parte da política de preservação dos reservatórios. As principais reduções ocorreram nas bacias do Madeira e nas demais bacias. 

Já no Sul, que foi tema de preocupação do Operador nos PMOs do primeiro trimestre, passou a exportador de energia, com o aumento da geração hidrelétrica, complementada por térmicas inflexíveis e eólicas. 

Na comparação com o mês de junho, a geração do subsistema reduziu, mas continua acima da média para atender à carga da região de 11.370 MW médios, com uma produção de 12.572 MW médios. 

Exportador por quase todo o ano, o submercado Nordeste entrou na chamada ‘Safra dos Ventos’ com pico de geração eólica próxima a 9 mil MW médios, perto de uma carga a ser atendida de 10.417 MW médios no mês. Além disso, o submercado ainda conta com condição favorável para geração hidráulica e solar. 

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