
O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 4,9% em fevereiro na comparação anual, chegando aos 77 mil MW médios. Conforme dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), publicados nesta sexta-feira, 21 de março, o crescimento é o maior dos últimos seis meses e reflete o calor intenso registrado no país no período.
Com temperaturas elevadas, os mercados regulado e livre apresentaram altas na etapa de, respectivamente, 5,5% e 4%. No ambiente de contratação livre, a CCEE ainda destacou entre os aspectos que justificam o aumento, a maior atividade em alguns setores produtivos e a entrada massiva de novos consumidores.
Os estados do Espírito Santo (15,1%) e o Rio de Janeiro (13,4%), que apresentaram temperaturas acima da média histórica, registraram o maior crescimento no consumo de energia elétrica no período. Apresentaram quedas no consumo os estados do Amapá, com 10,5%, e Rondônia, 6,1%, devido ao aumento de chuvas.
Saneamento no ACL
Dos 15 setores da economia analisados pela câmara, serviços (8,6%), saneamento (8,1%) e minerais não-metálicos (7,8%) registraram maiores avanço. Apenas os segmentos de telecomunicações (-7,0%), transporte (-3,1%) e químicos (-1,4%) apresentaram reduções.
O primeiro segmento teve o resultado influenciado pelo calor. O segundo apresentou um grande volume de migração de empresas para o ambiente livre após a edição do novo marco legal do Saneamento Básico.
Nos demais, a CCEE destacou que alta resulta tanto de uma melhora na atividade dos setores produtivos do país como do próprio crescimento do ambiente livre.
Energia renovável
O Brasil gerou 77.204 MW médios de energia elétrica em fevereiro de 2025 a partir das suas usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa, segundo a CCEE. O volume representa 93,7% de toda a eletricidade produzida no mês. Juntos, os parques eólicos e as fazendas solares espalhadas pelo país foram responsáveis por quase 15 mil MW médios.