
A carga máxima do Sistema Interligado Nacional (SIN) bateu mais um recorde na tarde de ontem, 26 de fevereiro, segundo informações do Informe Preliminar Diário da Operação (IPDO), disponibilizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Às 14h27 (de Brasília), a demanda máxima do país chegou a 106,532 GW, ultrapassando o recorde batido no dia anterior, de 105,8 GW. Foi o terceiro recorde consecutivo, o sexto de fevereiro e sétimo de 2025.
Mesmo com o recorde de carga, o país exportava 559 MW para a Argentina naquele momento, gerada por termelétricas.
A carga média do dia foi de 95,834 GW médios, um pouco abaixo do recorde do dia anterior, quando o consumo médio chegou a 96,224 GW médios no país.
Onda de calor: consumo e preços em alta
A forte onda de calor que atinge o país em fevereiro tem contribuído com os sucessivos recordes de carga máxima, principalmente por conta do uso de energia elétrica para refrigeração.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), órgão ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, em março, as temperaturas devem permanecer acima da média em grande parte das regiões Sudeste, Centro-Oeste, Sul e no interior do Nordeste.
Enquanto o consumo renova as máximas, os preços de energia nos contratos dos próximos meses seguem em tendência de alta, refletindo também a frustração na acumulação de água nos reservatórios das principais hidrelétricas do país em fevereiro.
Na semana passada, os contratos de energia convencional negociados por meio da plataforma Ehub, da BBCE, com vencimento em março tiveram alta de 86% na semana de 14 a 21 de fevereiro, chegando a R$ 235,24/MWh. Já os contratos para o segundo trimestre deste ano foram a R$ 238,03/MWh, alta de 45,84%.
O maior preço foi atingido nos contratos com entrega no segundo semestre do ano, quando sazonalmente há um aumento dos preços da energia elétrica. Os preços subiram 20,7% na semana passada, a R$ 294,76/MWh.