A 2ª Revisão da Quadrimestral da Carga (2021-2025) divulgada nesta terça-feira, 27 de julho, aponta para uma recuperação mais forte da economia, refletindo o Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado no primeiro trimestre deste ano, assim como o avanço na vacinação contra covid-19. Dessa forma, a expectativa é de uma carga de 69.940 MW médios em 2021, um aumento de 4,6% em relação ao ano anterior, e 1,4% superior ao estimado na primeira revisão.
O levantamento que contém a projeção da carga levando em consideração premissas econômicas é elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Comparando o estudo atual com a primeira revisão quadrimestral, estima-se um aumento de 1.001 MW médios no ano de 2021, sendo que apenas nos próximos cinco meses, a expectativa em relação ao estudo anterior é de um aumento da carga de 2.124 MW médios.
A retomada da economia e o avanço da vacinação também foram responsáveis por elevar a estimativa do PIB no horizonte 2021-2025 para 3,2%, enquanto a carga deve apresentar um crescimento de 3,4% nos próximos quatro anos.
Considerando as premissas de médio prazo, o estudo indica uma recuperação mais significativa da confiança dos agentes, resultando numa expansão mais forte da demanda interna que deve resultar, por sua vez, em investimentos para projetos de infraestrutura.
De 2022 a 2025, estima-se que a carga tenha um crescimento de 0,9% ao ano, na comparação com a revisão anterior, chegando a 79.963 MW médios no final do período.
Ainda considerando esse horizonte na comparação com a primeira revisão quadrimestral, o crescimento da carga por submercado deve se dar: em 3,4% no subsistema Norte (saindo de 5.960 MW médios em 2021 para 6.801 MW médios em 2025); de 3,8% no Nordeste (11.474 MW médios para 13.317 MW médios); de 3,3% no Sudeste/Centro-Oeste (40.332 médios para 45.841 MW médios); e de 3,6% no Sul (12.174 MW médios para 14.004 MW médios).
No entanto, o estudo alerta que há riscos importantes para a concretização dos cenários apresentados, como uma possível evolução da pandemia, a intensidade da escassez hídrica e efetividade das medidas tomadas, bem como da dinâmica inflacionária.