A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), controlada pela Votorantim, vai aderir ao programa de redução voluntária da demanda (RVD), criado pelo governo federal, informou a companhia nesta quinta-feira, 16 de setembro. A empresa, porém, assegurou que não haverá impacto na produção de alumínio. A CBA prevê ainda um impacto da crise hídrica no Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 150 milhões a R$ 180 milhões, no segundo semestre de 2021.
“A participação no programa não impactará a produção de alumínio da CBA tendo em vista que a CBA realizará apenas um deslocamento da demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN) durante as horas do dia conforme grade horária definida pelo Operador Nacional do Sistema (ONS)”, informou a companha, em fato relevante.
Com relação ao segundo semestre deste ano, a CBA prevê a manutenção do consumo de energia na produção de alumínio em torno de 700 megawatts (MW) médios, o que gerou a necessidade de compra de energia elétrica prela redução de geração própria.
Segundo a companhia, foram adquiridos 76 MW médios por um preço médio de R$ 418 por megawatt-hora (MWh). Para os próximos meses, a expectativa é de compra de 30 a 40 MW médios, a depender dos efeitos da hidrologia no GSF. “Esse volume ainda exposto representa cerca de 5% do consumo esperado para o período”, acrescentou a CBA.
Com relação a 2022, a CBA informou quer um excedente de lastro de energia ainda não vendido “para lidar, se for o caso, com um cenário de geração hídrica tão crítico quanto 2021”.
Com relação ao programa de RVD, o ONS receberá até às 11h desta sexta-feira, 17 de setembro, propostas para redução da demanda em setembro, com reduções a partir da próxima segunda-feira, e para o outubro.
Confira abaixo o webinar realizado pela MegaWhat nesta quarta-feira sobre o programa de RVD: