O atendimento do consumo de energia elétrica é de atenção para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), mas não deve ser considerado como alarmante, explicou Ana Carla Petti, a presidente da MegaWhat Consultoria, durante o apresentação do webinar Cenário: a falta de chuvas, uma possível crise na geração de energia?, realizado na última quarta-feira, 2 de junho.
Segundo a especialista, considerando a geração mínima histórica pelas hidrelétricas, há possibilidade de atendimento da carga até dezembro deste ano, mesmo que com uma pequena margem. “É cedo para falar se vamos ter ou não racionamento, mas é um momento que merece muita atenção e acompanhamento intenso das opções de geração de energia”, disse a presidente da MegaWhat Consultoria.
No entanto, Petti ressaltou que será necessário ter atenção para acompanhar a disponibilidade de geração até novembro de 2021, tendo em vista a previsão de crescimento da economia brasileira, da ordem de 5%, e a necessidade de atendimento dos picos de consumo de energia.
“Não precisamos ser alarmistas, precisamos acompanhar os quatro fatos apresentados no estudo: comportamento hidráulico, carga de energia, disponibilidade termelétrica e geração de usinas não simuláveis”, disse a especialista.
O estudo a que Ana Carla se refere é o Panorama da Energia Elétrica do Curto ao Longo Prazo, publicado no início de maio pela consultoria e que traz levantamentos e perspectivas da expansão da oferta de energia, bem como da disponibilidade do sistema e projeções de carga.