Com alta de 1,5% em julho no SIN, carga deve crescer 0,6% em agosto, aponta ONS

A carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve fechar o mês de julho em cerca de 66.437 MW médios, praticamente em linha com o observado em igual período do ano passado e projetado no último mês, conforme apresentado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), na reunião do Programa Mensal da Operação (PMO) de agosto, realizada nesta quinta-feira.

Segundo apresentação técnica do Operador, a carga foi influenciada principalmente por temperaturas superiores à média esperada para esse período do ano. Para os próximos dois meses, a expectativa é de um crescimento de 0,6% em agosto (68.040 MW médios), e de queda de 1,1% em setembro (69.914 MW médios). 

As comparações são relativas ao mesmo período de 2021, e a queda apontada para setembro deve-se justamente ao registro de temperaturas mais elevadas neste mês no ano passado. 

Subsistemas

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No submercado Sudeste/Centro-Oeste, o maior do país, a carga deve fechar o mês de julho com alta de 2,4% na comparação com igual mês do ano passado, totalizando 37.942 MW médios. Para agosto, a expectativa de carga é de 38.759 MW médios (alta de 0,5%, na comparação anual) e, para setembro, a previsão é de 40.115 MW médios (-1,6%).

Na região Sul, a carga de julho deve ficar em 11.352 MW médios, com queda 1,5%, ante igual mês do ano passado. Com temperaturas mais elevadas que a média esperada para o período, a carga de aquecimento não foi acionada. 

Na comparação anual, a expectativa é de estabilidade para agosto (0,0%), em 11.657 MW médios, enquanto em setembro, a previsão é de uma queda de 1,1%, alcançando 11.672 MW médios.

Conforme a explicação técnica na reunião, o submercado Nordeste tem apresentado valores inferiores aos projetados desde maio deste ano, dado os totais de precipitação que são esperados para essa época. No entanto, a partir da segunda semana de julho, a carga entrou em tendência de crescimento, o que deve se manter para os próximos meses, segundo expectativa do ONS. 

Dessa forma, o submercado deve fechar o mês com uma queda de 3,7% na comparação anual, somando 10.533 MW médios. Para agosto, a previsão é de queda de 0,1%, com 11.008 MW médios, enquanto em setembro, a redução deverá alcançar 4,8%, totalizando 11.293 MW médios.

Já no Norte, com a retomada de dois consumidores livres, a carga deve fechar julho com alta expressiva de 6%, para 6.296 MW médios, ante uma projeção de 4% do PMO anterior. A expectativa para os próximos dois meses mantém a tendência de alta, com 5,2% em agosto (6.615 MW médios), e de 7,7% em setembro (6.834 MW médios).