Consumo

Com temperaturas amenas, mercado da Neoenergia recua 1,42% no 4º trimestre

Com temperaturas amenas, mercado da Neoenergia recua 1,42% no 4º trimestre

A energia total distribuída pelas concessionárias da Neoenergia recuou 1,42% no quarto trimestre do ano passado, para 19.711 GWh, informou a companhia. A retração de mercado refletiu menores temperaturas e aumento das chuvas no fim do ano passado.

Apenas as distribuidoras Neoenergia Pernambuco e Cosern tiveram aumento na energia injetada no trimestre, de 0,82% e 1,2%, respectivamente. Houve queda nos mercados da Coelba (2,72%), Elektro (2,2%) e Neoenergia Brasília (2,72%).

Os montantes consideram a energia total injetada, com a soma de mercados cativo e livre, mais as perdas. 

Considerando a energia distribuída, sem perdas, houve aumento de 3,8% no trimestre na base de comparação anual. Segundo a companhia, o quarto trimestre de 2020 foi negativamente afetado por uma resolução normativa que fez com que o consumo não faturado fosse da ordem de 826 GWh.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Em 2021, a energia injetada cresceu 3,71% na comparação com 2020, para 75.814 GWh. Os maiores crescimentos foram nos mercados da Cosern, de 5,29%, e da Elektro, de 4,85%.

Segundo o Credit Suisse, os volumes de energia distribuída pela companhia foram “decentes”, uma vez que foram afetados pela base de comparação mais fraca. “Esperamos a continuação da recuperação das unidades Celpe, Coelba e Brasília, cujos resultados podem melhorar ainda mais se a companhia conseguir entregar melhorias nos custos gerenciáveis e perdas”, escreveram os analistas Carolina Carneiro e Rafael Nagano.

Em geração, a Neoenergia informou que houve um crescimento de 81,28% no quarto trimestre do ano passado, para 3.065 GWh. Isso aconteceu devido à maior afluência das suas hidrelétricas. A geração das hidrelétricas do grupo mais que dobrou, para 2.308 GWh, enquanto a das eólicas cresceu 35,35%, a 785 GWh.

Em 2021, a energia gerada pela companhia cresceu 11,74%, com alta de 9,31% na geração hídcai e de 23,16% na das eólicas. 

As termelétricas do grupo, por sua vez, tiveram menor geração no quarto trimestre do ano, por conta do menor fornecimento de gás. Houve queda de 31,97%, a 700 GWh. Em 2021, a energia gerada cresceu 33,92%, a 9.194 GWh, por conta da crise hídrica que resultou em maior despacho termelétrico.