O consumo de energia elétrica no país alcançou 41.160 GWh em julho, alta de 2,5% na comparação com o mesmo mês de 2021, informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em relatório boletim divulgado nesta quarta-feira, 31 de agosto. No acumulado em 12 meses o consumo nacional somou 505.831 GWh, alta de 1,5% na comparação ao período imediatamente anterior.
O mercado livre apresentou crescimento de 5,7% no consumo de julho, enquanto o consumo das distribuidoras de energia elétrica no mercado regulado recuou 0,4%.
Consumo comercial em alta
A classe comercial segue em alta, representando 8,4% do aumento do consumo, em relação a igual período do ano passado, com 7.164 GWh. No segmento, todas as regiões brasileiras tiveram alta no consumo na comparação com julho de 2021, sendo que o Sul cresceu 10,2%, seguido pelo Sudeste com 10,1%, Centro-Oeste com 9,8%, Norte com 6,9% e Nordeste com 1,2%. Na mesma categoria, entre os estados, o maior recuo de consumo foi registrado o Maranhão (-12,9%), enquanto as maiores taxas foram no Acre com 21,5 % e em Minas Gerais com 20,2%.
Indústria
O consumo de eletricidade na indústria obteve alta de 1,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando em 15.494 GWh. A região Norte (+7,5%) foi a que mais elevou seu consumo no período, segundo a EPE, justificada pelo aumento do consumo do setor de alumínio primário e pela retomada da plena da produção de uma Pará, parcialmente interrompida desde fevereiro. Além disso, ocorreu a entrada em operação de uma nova caldeira elétrica, em outra grande fábrica no mesmo estado; e a aceleração da produção em uma grande unidade no Maranhão, que retomou a operação no final de abril após 5 anos parada.
As regiões Nordeste (+7,2%), Centro-Oeste (+1,3%) e Sul (+1,1) também apresentaram alta, sendo apenas a região Sudeste (-1,1%) a apresentar retração.
Residências
O consumo de energia elétrica nas residências subiu 2,5% em comparação com julho de 2021, chegando ao valor de 11.989 GWh. As temperaturas mais elevadas contribuíram para o aumento do consumo de eletricidade da classe, e julho se configurou como o mês mais quente da série histórica.
Apresentaram maior grau de crescimento do consumo as regiões Norte, com 8,3%, Centro-Oeste, com 5,8%, Sudeste, com 2,7%, e Sul, com 1,2%, enquanto a região Nordeste registrou queda de 0,5%.
Acre (+20,6%), Rondônia (+13,0%), Amazonas (+12,3%), Mato Grosso (+9,2%), Goiás (7,9%), Maranhão (+7,0%), Tocantins (7,0%), Pará (+6,8%), Alagoas (+6,8%) e Minas Gerais (+6,6%) foram os estados com maior crescimento do consumo residencial na comparação com julho de 2021.
Por outro lado, Amapá (-9,0%), Ceará (-6,2%), Rio Grande do Norte (-5,3%), Sergipe (-3,9%), Paraíba (-2,9%), Mato Grosso do Sul (-2,4%), Santa Catarina (-1,7%) e Espírito Santo (-0,8%) foram os estados que registraram queda de consumo da classe residencial no país.
