O consumo de energia elétrica no Brasil se manteve estável na primeira quinzena de setembro, com demanda de 65.090 MW médios, mostram dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
No mercado livre, o consumo foi de 22.957 MW médios, montante 2,3% maior em relação ao mesmo período de 2021. Já no mercado regulado, houve queda de 1,2% no comparativo anual.
Segundo a CCEE, esses resultados podem ser explicados pela menor temperatura registrada no período em grande parte dos principais centros de consumo de energia no país. Ao mesmo tempo, em estados como Rondônia e Maranhão, as altas temperaturas aumentaram a necessidade de uso de equipamentos de refrigeração.
Além disso, também afetam os dados a migração de consumidores entre os ambientes livre e regulado e a micro e minigeração distribuída da fonte solar fotovoltaica.
Entre os 15 setores da economia monitorados pela CCEE, desconsiderando o efeito de migração, houve aumento de consumo nas áreas de extração de minerais metálicos (10,1%), madeira, papel e celulose (6,2%) e saneamento (3,4%). Entre as áreas que tiveram maior declínio estão comércio (-9,1%), têxteis (-7,7%) e telecomunicações (-7,3%).
A análise da CCEE ainda mostra que a recuperação dos reservatórios de água levou a um novo aumento da geração hidrelétrica para o Sistema Interligado Nacional (SIN). A fonte produziu 44.493 MW médios nas duas primeiras semanas de setembro, alta de 27,7% frente ao mesmo período de 2021.
Das fontes solar fotovoltaica e eólica, também foi registrado crescimento na geração de 64% e 16,8%, respectivamente, enquanto as termelétricas recuaram em 56,9%. De acordo com os dados preliminares da CCEE, a geração por fontes renováveis representou 92% de toda a produção do país.