Consumo

Consumo de energia no ACR seria 3,4% maior sem GD, aponta CCEE sobre dados de abril

Depois de dois meses consecutivos de avanço, o Brasil encerrou abril com estabilidade no consumo de energia elétrica, com demanda de 65.265 MW médios, semelhante a registrada no mesmo período de 2022, segundo o Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Consumo de energia no ACR seria 3,4% maior sem GD, aponta CCEE sobre dados de abril

Depois de dois meses consecutivos de avanço, o Brasil encerrou abril com estabilidade no consumo de energia elétrica, com demanda de 65.265 MW médios, semelhante a registrada no mesmo período de 2022, segundo o Boletim InfoMercado Quinzenal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Desse total, 24.214 MW médios foram utilizados pelo mercado livre, representando um leve aumento de 0,4% frente a igual período do ano passado. O restante, 41.051 MW médios, foi direcionado ao mercado regulado, segmento que teve queda de 0,2% no comparativo anual.

De acordo com a CCEE, no caso do mercado regulado, a demanda poderia ter sido 3,4% maior em abril se não houvesse a geração distribuída, que integra os painéis solares instalados nos telhados de casas e empresas.

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Na avaliação dos 15 setores da economia monitorados pela Câmara de Comercialização, quase todos registraram consumo menor, com exceção daqueles ligados ao ramo metalúrgico (+9%); da indústria alimentícia (+2,9%), impulsionada pelas exportações; e do comércio (+2,5%), amparado por um menor avanço da inflação.

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Considerando as regiões, as maiores altas ficaram concentradas no Nordeste e Norte, influenciadas por avanços no mercado livre e por temperaturas acima da média registrada no mesmo período do ano passado. Destaque para o Maranhão (52,3%), Pará (10,7%) e Amazonas (7,8%).

A CCEE observou declínios nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, especialmente pelo clima mais ameno. O Espírito Santo teve a maior queda, de 4,7%, seguido por Mato Grosso do Sul (-3,9%) e Rio de Janeiro (-3,8%).

Geração de energia 

As hidrelétricas forneceram aproximadamente 54 mil MW médios para a rede elétrica em abril e recuaram 1% na matriz. Já as térmicas registraram um aumento de quase 15% por causa de uma participação maior das usinas a biomassa da cana-de-açúcar.

As fontes alternativas seguem com participação significativa na produção de energia elétrica. Os parques eólicos entregaram mais de 7 mil MW médios para o SIN, apesar de um declínio de 2% no comparativo anual. E as usinas solares geraram mais de 2 mil MW médios, volume quase 60% acima do registrado no mesmo período do ano passado.

O Brasil também exportou eletricidade para a Argentina e Uruguai, enviando mais de 1,5 mil MW médios aos países vizinhos por meio do procedimento competitivo para Exportação de Vertimento Turbinável – EVT. Se esse volume comercializado fosse considerado um consumo do mercado interno, a demanda por energia do Brasil em abril teria um aumento de 2,5%.