Consumo

Consumo final de energia do Brasil retoma patamar pré-covid

O consumo final de energia no Brasil no ano passado retomou aos patamares de antes da pandemia de covid-19. De acordo com o relatório síntese do Balanço Energético Nacional (BEN) 2022, com base no ano de 2021, lançado nesta terça-feira, 31 de maio, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo final de energia do país no ano passado alcançou 262,2 milhões de megatoneladas equivalentes de petróleo (Mtep), com alta de 3,5%, em relação a 2020, marcado pela pandemia, e 0,9% acima do observado no ano anterior. “Basicamente retomamos o consumo final de energia de 2019”, afirmou o presidente da EPE, Thiago Barral, à MegaWhat. “Em 2020, houve uma queda de 2%, em relação a 2019. E agora em 2021, houve um crescimento de 3,5% em relação a 2020”, completou. O mesmo movimento foi observado com relação ao consumo de energia apenas no setor de transportes, que alcançou 85,1 Mtep em 2021, 0,4% acima do observado em 2019, período pré-pandemia de covid-19. Em 2020, o consumo no setor de transportes havia recuado 6,4%, em relação a 2019.

Consumo final de energia do Brasil retoma patamar pré-covid

O consumo final de energia no Brasil no ano passado retornou ao patamar de antes da pandemia de covid-19. De acordo com o relatório síntese do Balanço Energético Nacional (BEN) 2022, com base no ano de 2021, lançado nesta terça-feira, 31 de maio, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo final de energia do país no ano passado alcançou 262,2 milhões de megatoneladas equivalentes de petróleo (Mtep), com alta de 3,5%, em relação a 2020, marcado pela pandemia, e 0,9% acima do observado no ano anterior.

“Basicamente retomamos o consumo final de energia de 2019”, afirmou o presidente da EPE, Thiago Barral, à MegaWhat. “Em 2020, houve uma queda de 2%, em relação a 2019. E agora em 2021, houve um crescimento de 3,5% em relação a 2020”, completou.

O mesmo movimento foi observado com relação ao consumo de energia apenas no setor de transportes, que alcançou 85,1 Mtep em 2021, 0,4% acima do observado em 2019, período pré-pandemia de covid-19. Em 2020, o consumo no setor de transportes havia recuado 6,4%, em relação a 2019.

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“Em 2021 o setor de transportes foi o que mais cresceu em consumo, na comparação com 2020”, destacou Barral, acrescentando que o salto em 2021 foi de 7,3%, em relação ao ano anterior.

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Renováveis

O BEN 2022 também mostrou que o patamar de fontes renováveis na oferta interna de energia do país (total de energia disponibilizada no país) recuou de 48,5%, em 2020, para 44,7%, no ano passado, período marcado pela crise hídrica. Essa redução, segundo a EPE, foi motivada pela queda da oferta de energia hidráulica, associada à escassez hídrica e ao acionamento de termelétricas.

Por outro lado, o estudo mostrou que, em 2014, quando também houve uma grave crise hídrica, o patamar de renovabilidade da oferta foi de apenas 39,5%, indicando portanto um avanço nesse quesito com relação a 2021.

“A expansão das fontes renováveis não hidrelétricas, combinada com a expansão da transmissão certamente contribuiu para a gestão da escassez hídrica [em 2021]. Ajudou ainda mais a flexibilização controlada do critério N-2 no intercâmbio do Norte/Nordeste com Sudeste/Centro-Oeste. Nesse sentido, chama atenção que o patamar de renovabilidade em 2021 tenha ficado acima do que se observou em 2014, outro momento de escassez hídrica”, completou Barral.

Projeção para 2022

Com a melhora do regime de chuvas e a recuperação dos reservatórios hidrelétricos neste ano, o presidente da EPE espera uma participação maior de renováveis na oferta de energia em 2022, em relação ao ano passado. “Já estamos observando essa dinâmica em 2022, o que deverá se refletir nos números a serem consolidados ano que vem, especialmente no caso da matriz elétrica” completou.

Oferta

O relatório divulgado hoje pela EPE também mostrou que, em 2021, a oferta interna de energia atingiu 301,5 Mtep, registrando um avanço de 4,5% em relação ao ano anterior. Em 2019, a oferta foi de 294,0 Mtep, caindo para 287,6 Mtep em 2020, redução fortemente impactada pela pandemia.

No caso da energia elétrica verificou-se um crescimento na oferta interna de 25,7 TWh (+3,9%) em relação a 2020, totalizando 679,2 TWh. O principal destaque foi o avanço da geração à base de gás natural (+46,2%), fonte acionada para compensar efeitos da severa escassez hídrica atravessada em 2021. Nesse contexto, a oferta de geração hidráulica reduziu 8,5%, acompanhando a queda na importação (-6,5%), cuja principal origem é Itaipu.

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