O consumo de eletricidade em novembro cresceu 1,4% no país, a 57.324 GWh, na menor taxa dos últimos 22 meses, segundo a resenha mensal da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
No mercado livre, o consumo industrial puxou uma alta de 11,2%, enquanto o consumo cativo caiu 5,1%, diante da retração de 0,7% do mercado residencial. O acumulado nos 11 meses chegou a uma alta de 5,9%, a 513.079 GWh.
Indústria em alta
O consumo na indústria cresceu 4,9% em novembro na comparação com o mesmo mês de 2023, alcançando 16.842 GWh. Segundo a EPE, a indústria mantém patamar elevado de consumo há nove meses, e novembro foi o terceiro maior consumo mensal da série histórica, desde 2004, perdendo apenas para agosto e setembro.
Houve aumento dos 31 dos 37 segmentos monitorados, com destaque para produtos de borracha e material plástico (+10,3%), onde o consumo já crescia, recebeu impulso adicional da fabricação de produtos de borracha, pela retomada do setor automobilístico; produtos de minerais não metálicos (+9,4%); automotivo (+8,7%); extração de minerais metálicos (+6,7%) e papel e celulose (+5,5%). O segmento de produtos alimentícios (+4,8%), beneficiado pela alta no consumo das famílias e nas exportações de carne bovina, expandiu em linha com a média da indústria.
Temperaturas amenas
No mercado cativo, o consumo de energia elétrica nas residências foi de 14.840 GWh em novembro de 2024, retração de 0,7% frente ao mesmo mês de 2023. A taxa de consumo residencial registrada em novembro foi a menor desde outubro de 2022.
O menor uso dos aparelhos de refrigeração de ambiente, devido às temperaturas mais amenas e um maior volume de chuvas em grande parte do país, contribuíram para a queda do consumo de eletricidade no mês.
Na classe comercial, houve leve alta de 0,9%, a 8.714 GWh, na menor taxa desde novembro de 2022.