Com as altas temperaturas e os termômetros chegando próximo a 40º C em várias capitais do país nesta segunda-feira, 13 de novembro, a curva da carga superou os 100 GW no Sistema Interligado Nacional (SIN) após às 14h, mantendo-se nesse patamar por quase duas horas. Os dados constam na ferramenta Balanço da Energia, no portal do Operador Nacional do Sistema (ONS).
Próximo a esse horário, o submercado Sudeste/Centro-Oeste também superou os 60 GW. O último recorde de demanda máxima no SIN foi verificado em 26 de setembro deste ano, com 97.659 MW. Na mesma data, foram registrados recordes nos submercados Sudeste/Centro-Oeste (57.792 MW) e no Norte (9.090 MW).
Para atendimento da carga diária, a geração hidráulica representou mais de 70%, com 67.569,7 MW, seguida pela geração térmica de 10.880,3 MW (13,5%) e eólica com10. 424,1 MW (10,4%). Ainda houve importação de 0,6 MW do Uruguai.
PLD também sai do piso
E com as altas temperaturas, o Preço da Liquidação das Diferenças (PLD) também saiu do piso nesta segunda, com preço médio diário fixado em R$ 110,91/MWh.
O preço começa a descolar às 16h, em R$ 170/MWh, chegando ao pico de R$ 234,88/MWh às 19h e reduzindo nas próximas horas, antes de retornar ao piso às 23h.
Segundo agentes consultados pela MegaWhat, a oscilação decorre das altas temperaturas, mas também pela redução da geração solar durante a tarde e pelas usinas termonucleares de Angra ainda estarem em parada programada.
A usina de Angra 2, que teve a parada programada para reabastecimento em 25 de setembro, deve retornar à operação nesta quarta-feira (15), segundo previsão inicial da Eletronuclear enviada para a MegaWhat.
Já a usina de Angra 1, iniciou em 28 de outubro a sua parada para reabastecimento de um terço do combustível, por 50 dias. Juntas, as usinas somam 2 GW de capacidade instalada, sendo a maior parte de Angra 2, com 1,35 GW.