O custo da energia elétrica para a indústria brasileira deve crescer 41,9% nos próximos dez anos, passando da média atual de R$ 65,42/MWh para R$ 92,83 MWh, em 2032, de acordo com a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). A projeção considera o cenário legislativo e regulatório atual do setor elétrico.
Os cálculos foram apresentados nesta quarta-feira, 13 de julho, pelo presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, em congresso de energia promovido pela Fiemg, em Belo Horizonte. Segundo o executivo, o aumento do custo da energia afeta a competitividade da indústria brasileira e evidencia a necessidade de os consumidores terem participação maior na agenda de energia do país.
“Os sinais econômicos da regulação do setor não apontam para a eficiência”, disse Pedrosa. “O debate sobre energia não pode pertencer somente à cadeia de energia”.
O estudo da Abrace mostra ainda que, se for adotada uma agenda de competitividade, o custo da energia para a indústria pode recuar 28% nos próximos dez anos. A queda viabilizaria aumento de investimentos da indústria, resultando em um efeito positivo de 1 p.p. ao ano do PIB.
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Por outro lado, em um cenário pessimista, o custo da energia para a indústria pode crescer 48,9% até 2032. Esse aumento também provocaria uma queda de 7,8% dos investimentos da indústria no mesmo período.
Ainda de acordo com dados da Abrace, o custo da energia elétrica para a indústria cresceu 81,3%, nos últimos 20 anos. No mesmo período, o custo do gás natural para a indústria avançou 75%.
*Rodrigo viajou a convite da Energisa
