A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) divulgou nesta segunda-feira, 14 de dezembro, relatório em que estima uma queda de 2% na demanda global de eletricidade para 2020. Segundo o texto, a China deve ser a única grande economia a ter uma demanda maior de eletricidade em 2020, da ordem de 2%, mas que está bem abaixo da registrada no ano anterior, de 6,5%.
E mesmo com uma expectativa de recuperação da economia mundial a partir de 2021, o consumo de energia deve crescer em torno de 3%, bem abaixo dos 7% registrados em 2010, após a crise financeira mundial.
A agência ainda aponta que a geração de energia a partir de energias renováveis deve crescer quase 7% em 2020. Em contrapartida, a geração a carvão deve cair cerca de 5%, a maior redução já registrada, enquanto a nuclear deve ter queda de cerca de 4%, e o gás natural de 2%.
Para 2021, a expectativa é de um crescimento das energias renováveis e da energia nuclear nas economias avançadas, enquanto o gás natural, em função dos preços, tenha sua participação mais comprometida que o carvão. Já para os países emergentes, a previsão é de que o consumo seja superior à capacidade instalada de energias renováveis, deixando espaço para a expansão da geração de carvão e gás.
Com essas perspectivas, a IEA estima que os preços da energia no mercado livre também sejam reduzidos para o próximo ano. Com base em seu índice de preços, a agência indica uma queda média de 28% nos preços de 2020, frente a uma queda de 12% em 2019.
