A demanda global por petróleo deve superar os níveis pré-pandemia e alcançar 101,6 milhões de barris por dia em 2023, afirma o novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) divulgado nesta quarta-feira, 15 de junho. O documento, aponta que o crescimento será impulsionado pela China, que deve encerrar os lockdowns com a redução dos casos de covid-19, e aumentar a demanda para 2,2 mb/d neste ano, ante 1,8 mb/d do ano passado.
Para a IEA, os produtores não ligados a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), também devem colaborar para esse aumento, adicionando 1,9 mil barris por dia em 2022 e 1,8 mb/d no próximo ano. Já os países da Opep devem sentir dificuldade para cumprir o aumento da produção do ativo para 648 mil barris por dia, podendo tornar o “saldo implícito em deficitário”, afirma o relatório.
Ao mesmo tempo, o estudo aponta para uma degradação das perceptivas econômicas e à alta da inflação, o que pode levar a um crescimento da oferta abaixo da demanda, uma vez que as sanções mais rígidas a Rússia, nas quais a União Europeia concordou em restringir cerca de 90% da importação do petróleo, fez produtores da região enfrentarem restrições de capacidade.
A agência ainda indica que a escassez de produtos pode persistir devido a taxas desiguais de crescimento da demanda e limites no sistema de refino, e que o fornecimento de diesel e querosene “continua sendo uma preocupação particular”.