
As distribuidoras de energia do país devem ter espaço para contratação de geração nova a partir de 2027, quando ficarão descontratadas, segundo dados levantados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) a pedido da MegaWhat.
Este ano e em 2026, as distribuidoras devem ter a contratação equivalente a 100,9% e 100% do consumo. Em 2027, o percentual recua para 86,8% do consumo, chegando a 79,6% em 2029 e 79,2% em 2030. Os números correspondem à contratação média de todas as empresas do país.
Na estimativa, a CCEE considerou o portfólio contratual das distribuidoras de fevereiro de 2025. A usina nuclear de Angra 3 não foi considerada, nem a hipótese de renovação dos contratos do Proinfa, que terminam a partir de 2030.
Em relação à energia de Itaipu, hoje alocada dentro da carteira das distribuidoras do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, foi considerado o acordo celebrado entre Brasil e Paraguai que prevê que a partir de 2027 o excedente do lado paraguaio será liberado para comercialização no mercado livre brasileiro. Também foi considerada uma redução da energia repassada de Itaipu ao Brasil desde 2025, com aumento da demanda no país da ordem de 5,4% ao ano.
Quanto às premissas econômicas, a CCEE considerou os dados do Planejamento Anual da Operação Energética (Plan) do ciclo de 2025 a 2029, que estima crescimento médio da carga de 3,3% no período, sendo 3,6% no mercado cativo. A micro e minigeração distribuída (MMGD) considerada foi a prevista também no Plan, de 5.564 MW médios em outubro de 2024.
O tamanho do mercado livre foi projetado a partir da contabilização de janeiro desde ano. A contar de fevereiro de 2025, foram elaborados cenários de projeção com base no relatório de migração potencial da Aneel, combinados com a análise das tendências de migração observadas desde 2021 até dezembro de 2024.