O Operador Nacional do Sistema (ONS) estima que a carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) encerre o mês de julho em 69.120 MW médios, o que representa uma redução de 0,2% em relação ao mesmo mês de 2022.
A redução é explicada pelas temperaturas amenas no Sul e Sudeste do país, o que reduziu a demanda por energia sem necessidade de acionar sistemas de aquecimento, além de um patamar de comparação mais elevado em 2022 por conta do veranico vivenciado no último ano nessas regiões.
Em julho de 2023, o SIN deve fechar com queda de 2,4% a demanda no subsistema Sudeste /Centro-Oeste e em queda de 1,5% no subsistema Sul. Os aumentos de 4% no subsistema Nordeste e de 10,5% no Norte não foram suficientes para puxar a carga total do sistema em relação ao mesmo período de 2022.
Para os próximos meses, a expectativa é de cargas mais altas do que as de julho, devido ao aumento de temperatura esperada como efeito do fenômeno El Niño. A carga esperada no SIN para agosto é de 72.878 MW médios e para setembro espera-se carga de 74.552 MW médios.
Em julho deste ano, a geração térmica foi de 4.773 MW médios, com exportação de 630 MW médios e injeção de 4.143 MW médios no SIN. A geração hidráulica alcançou 23.746 MW médios no subsistema Sudeste /Centro-Oeste, ainda sem expectativas de grandes afluências e preservação do armazenamento. No subsistema Sul, a geração hidráulica foi de 9.230 MW médios no período.
O Norte e Nordeste foram exportadores de energia no período, com destaque para as gerações eólica e solar.
De acordo com o ONS, a energia armazenada no SIN é recorde histórico, e o subsistema Sudeste/Centro-Oeste deve fechar julho com 80,27% de energia armazenada, um aumento de 21,4% em relação a 2022. No subsistema Nordeste, a energia armazenada alcança 74,84%, em um aumento de 12,9% em relação a 2022.