Os preços da energia elétrica para o consumidor residencial cresceram em média 4,59% em agosto, conforme prévia da inflação divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 25 de agosto. Segundo o IBGE, o aumento da energia elétrica foi influenciado pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior, e por reajustes tarifários em três estados.
O bônus decorre do saldo positivo na conta comercialização da energia elétrica da usina hidrelétrica de Itaipu (Conta de Itaipu) do ano passado.
Em junho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabeleceu o valor da Tarifa Bônus de Itaipu em R$ 0,0037456/kWh, a ser utilizado nas faturas de energia elétrica emitidas no período de 1º a 31 de julho de 2023.
O valor da Tarifa Bônus de Itaipu está fixado no Despacho nº 2.001, de 23 de junho de 2023, da Aneel. Assim, as distribuidoras de energia elétrica devem repassar às unidades consumidoras o valor correspondente a Tarifa Bônus de Itaipu multiplicada pelo respectivo consumo destes consumidores no ano de 2022, relativo aos meses em que seu valor foi inferior a 350 kWh, como crédito nas faturas de energia elétrica a serem emitidas entre 1º e 31 de julho de 2023.
Contudo, o IBGE aponta que reajustes tarifários aplicados em três áreas de abrangência do índice devem ajudar na elevação da inflação: em Curitiba (9,68%), onde o reajuste de 10,66% teve vigência a partir de 24 de junho; em Porto Alegre (5,44%), com reajuste de 2,92% a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas; e em São Paulo (4,21%), onde o reajuste de -1,13% foi aplicado a partir de 4 de julho.
A alta dos preços da energia elétrica também deve resultar no aumento de 1,08% do grupo habitação, um dos sete grupos que apresentaram elevação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) do período. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 foi de 4,24%.
Outro grupo que apresentou alta foi o dos transportes, com uma elevação de 0,23%, influenciado pelo aumento dos preços dos combustíveis (0,46%), em que o gás veicular apresentou a maior alta, de 1,88%, seguido por gasolina (0,90%).
Já óleo diesel e etanol registram quedas de 0,81% e 2,55%, respectivamente.