O Google anunciou nesta segunda-feira, 4 de agosto, dois novos contratos com a Indiana Michigan Power (I&M) e a Tennessee Valley Authority (TVA) para oferecer resposta à demanda de data centers, com foco nas cargas de trabalho de aprendizado.
Segundo a empresa de tecnologia, entre os recursos de resposta à demanda de data center desenvolvidos está a transferência de tarefas computacionais não urgentes — como o processamento de um vídeo do YouTube — durante períodos específicos em que a rede elétrica está sobrecarregada.
“Isso nos permite mudar ou reduzir a demanda de energia durante determinados horários ou períodos do ano. Esses recursos, frequentemente chamados de resposta à demanda, apresentam diversas vantagens, especialmente à medida que continuamos a observar o crescimento do setor de eletricidade nos EUA e em outros lugares”, explicou a big tech.
Os novos acordos têm como base o resultado da parceria com a Omaha Public Power District (OPPD), quando houve a redução da demanda de energia associada às cargas de trabalho de aprendizado durante três eventos na rede em 2024 — o que abriu caminho para oportunidades em outros locais.
Flexibilidade e gestão de rede
Adicionalmente, a empresa explica que a iniciativa ajuda a reduzir a necessidade de construir novas linhas de transmissão e energia e auxilia as operadoras de rede a fazer uma gestão mais eficaz e eficiente.
“A capacidade do Google de alavancar a flexibilidade da carga será uma ferramenta altamente valiosa para atender às suas necessidades futuras de energia”, disse Steve Baker, presidente e diretor de operações da I&M.
O Google, que busca avançar na utilização de 100% de energia livre de carbono, 24 horas por dia, 7 dias por semana, diz que a meta inclui produtos de suporte do lado da demanda. “A demanda flexível é uma parte importante desse portfólio — ela pode ser implantada rapidamente, ajudando a preencher a lacuna entre o crescimento da carga de curto prazo e as soluções de energia limpa de longo prazo, e oferece benefícios imediatos”, disse o Google em seu anúncio.
Iniciativas da big tech
Depois de investimentos em geração de energia geotérmica e nuclear avançada, o Google adicionou ao seu portfólio de projetos a tecnologia de armazenamento de energia de longa duração (LDES). A investida da gigante de tecnologia acontece por meio de uma parceria de longo prazo com a Energy Dome.
Ainda neste ano, a empresa fechou contrato com a Elementl Power, desenvolvedora de projetos nucleares avançados, para acelerar o desenvolvimento da fonte. A big tech fornecerá o capital inicial para que a Elementl desenvolva três usinas nucleares nos EUA, cada uma com capacidade de pelo menos 600 MW.
Em 2024, foi assinado contrato de compra de energia (PPA, na sigla em inglês) de pequenos reatores nucleares, a serem desenvolvidos pela Kairos Power, para alimentar seus data centers de inteligência artificial (IA) norte-americanos.