O Inmetro iniciou nesta semana a força-tarefa Energia Segura com a fiscalização equivalente a quase 14,17 milhões de metros de fios e cabos elétricos no pátio de fabricantes e no comércio. A fiscalização foi realizada por fiscais do Ipem dos estados com o objetivo de combater as fraudes.
No balanço parcial da operação, em 11 estados foram encontradas irregularidades em 32,3 mil metros de fios e cabos. O instituto destaca que fios e cabos irregulares provocam desperdício de energia, podem provocar curto-circuito nas instalações e até causar incêndios.
Essas fraudes podem representar custos elevados para o país. Em 2019, o Brasil gastou R$ 9,2 bilhões com o desperdício de energia nas instalações elétricas residenciais, de acordo com o sindicato dos fabricantes do setor (Sindicel).
Nacionalmente, fios e cabos fora do padrão geram um gasto de energia correspondente a 7% da geração de energia elétrica. Em 2020, o sindicato mapeou a ocorrência de 583 incêndios por sobrecarga, contra 656 incêndios no ano anterior.
Por meio do Energia Segura, em outubro, a Superintendência do Inmetro no Rio Grande do Sul (Surrs) fez a maior apreensão da história no estado, quando identificou em um distribuidor, 850 quilômetros de fios e condutores elétricos com resistência acima do estabelecido no regulamento.
Entre as irregularidades identificadas em fios e cabos elétricos, a principal é a utilização de quantidade inferior de cobre na fabricação dos produtos do que a estabelecida pelo Inmetro, elevando a capacidade da resistência elétrica.
Resistência elevadas são insuficientes para garantir a condução correta de eletricidade, gerando desperdício de energia e sobrecarregando o fio, com risco de provocar curto-circuito e até incêndios. Isso acontece porque o cobre representa 75% do custo de fabricação dos produtos.