Consumo

Mercado voluntário de carbono deve crescer 15 vezes até 2030

Mercado voluntário de carbono deve crescer 15 vezes até 2030

O mercado voluntário de carbono tem crescido consideravelmente nos últimos anos, impulsionado, sobretudo, pelas discussões sobre mecanismos de precificação e créditos de carbono em fóruns internacionais, como a COP26. Para Maria João Rolim, sócia do escritório Rolim, Viotti, Goulart, Cardoso Advogados, a perspectiva de crescimento desse mercado é de até 15 vezes nos próximos anos, devendo movimentar cerca de US$ 50 bilhões até 2030.

Diferentemente do mercado regulado de carbono, o mercado voluntário é uma ferramenta criada a partir da vontade das empresas e instituições de abaterem as emissões de seus próprios processos. No caso brasileiro, ainda não existe um mercado regulado ou mercados voluntários bem estabelecidos, mas o país vem discutindo o tema, a exemplo do PL nº 528/2021, que propõe a criação do mercado brasileiro de redução de emissões.

Segundo Rolim, o Brasil tem potencial para suprir, na próxima década, de 5% a 37,5% da demanda global do mercado voluntário de créditos de carbono, e de 2% a 22% da demanda global do mercado regulado no âmbito das Nações Unidas (ONU), gerando receitas de até US$ 100 bilhões.

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Para que isso seja possível, Rodrigo Sluminsky, diretor jurídico da Athon Energia, concorda com Rolim de que será necessário um sistema de comércio que conte com um arranjo legal e institucional simples e estável para esses mercados, além de um processo de educação e capacitação do setor privado.

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Os especialistas participaram de um debate sobre créditos de carbono realizado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) nesta terça-feira, 6 de setembro. A discussão foi mediada por Elbia Gannoum, presidente da associação.