Consumo

No PMO, ONS reduz previsão de crescimento da carga em 2022 de 2,1% para 0,5%

Fatores como temperaturas mais amenas, o crescimento da micro e mini geração distribuída (MMGD) e desempenho fraco da indústria afetaram a carga de outubro, levando a uma revisão para baixo no consumo de energia projetado para 2023. Os números foram informados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), durante o primeiro dia do Programa Mensal da Operação (PMO) de outubro. Considerando o consumo medido nos 24 primeiros dias de outubro, a carga média do Sistema Interligado Nacional (SIN) do período foi de 68.505 MW médios, retração de 0,4% em relação ao mesmo intervalo de 2021. A...

No PMO, ONS reduz previsão de crescimento da carga em 2022 de 2,1% para 0,5%

Fatores como temperaturas mais amenas, o crescimento da micro e mini geração distribuída (MMGD) e desempenho fraco da indústria afetaram a carga de outubro, levando a uma revisão para baixo no consumo de energia projetado para 2022. Os números foram informados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), durante o primeiro dia do Programa Mensal da Operação (PMO) de outubro.

Considerando o consumo medido nos 24 primeiros dias de outubro, a carga média do Sistema Interligado Nacional (SIN) do período foi de 68.505 MW médios, retração de 0,4% em relação ao mesmo intervalo de 2021. A carga verificada ajustada, por sua vez, ficou 1,1% menor.

Com isso, o ONS revisou a carga projetada para novembro para uma alta de 0,6%, a 69.926 MW médios. No PMO passado, realizado no fim de setembro, a expectativa para a carga de novembro era de alta de 2,6%. Na segunda revisão quadrimestral da carga, em agosto, a previsão era ainda mais otimista, de uma alta de 5,1%.

Para dezembro, a previsão mais recente era a da revisão quadrimestral, de alta de 4,4%, mas foi revista para alta de apenas 0,1%. Com isso, em 2022, a carga média projetada passou de 70.948 MW médios, o que seria um aumento de 2,1%, para 69.859 MW médios, crescimento de 0,5%.

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Houve revisão para baixo na carga projetada para todos os submercados. No Sudeste/Centro-Oeste, a carga de outubro deve crescer 0,6% na comparação anual, a 39.220 MW médios, abaixo do previsto anteriormente. Para novembro, a carga deve ficar estável, ante a projeção do PMO passado, que apontava alta de 2,1%. Em dezembro, a expectativa é de aumento de 0,2%, a 40.234 MW médios, ante a previsão anterior, que indicava crescimento de 2% na carga.

Para 2022, a expectativa agora é de um crescimento médio de 0,7%, a 40.209 MW médios. A última revisão quadrimestral da carga indicava um crescimento de 1,9% para este ano, a 40.657 MW médios.

No Sul, as temperaturas amenas pesaram  de forma considerável, e a carga de outubro deve recuar 3,5% na comparação anual, a 11.064 MW médios. Para novembro, a carga deve cair 5,7%, ante a projeção do PMO passado, que apontava alta de 2,4%. Em dezembro, a expectativa é de retração de 4,6%, ante a previsão anterior, que indicava crescimento de 3,7% na carga.

Para 2022, a expectativa agora é de retração de 0,5%, a 12.066 MW médios. A última revisão quadrimestral da carga indicava um crescimento de 2,2% para este ano, a 12.392 MW médios.

No Nordeste, os números agora também indicam retração da carga, depois que o consumo de outubro ficou aquém d projetado, com queda de 4,7%, a 11.509 MW médios.

Para novembro, porém, a retração prevista ficou menor. No PMO passado, a expectativa era de queda de 3,2%, e agora o ONS indica que haverá queda de 2,7%. Para dezembro, a revisão quadrimestral projetava alta de 5,4%, revista para queda de 0,5%. Em 2022, a previsão saiu de estabilidade, em 11.471 MW médios, para um encolhimento de 1,3%, a 11.458 MW médios.

O Norte destoou mais uma vez de todo o país, por continuar com crescimento acentuado da carga, motivado pela retomada de operação de dois grandes consumidores livres. Um dos consumidores, contudo, indicou que o retorno será mais lento que o previsto, o que motivou uma revisão das projeções para baixo.

Em outubro, a carga deve fechar em 6.712 MW médios, alta de 7,4% na comparação anual. Para novembro, a expectativa é de aumento de 10,1%, a 6.794 MW médios, abaixo dos 18,1% previstos no último PMO. A carga de dezembro, por sua vez, deve crescer 10,7%, também abaixo dos 20,5% indicados pela última revisão quadrimestral.

Em 2022, a carga do Norte deve crescer 4,2%, a 6.270 MW médios. A última projeção indicava alta maior, de 7,4%, a 6.429 MW médios.

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