Consumo

Onda de calor puxa consumo dos setores de comércio e serviços

O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu pelo sexto mês consecutivo, encerrando outubro com demanda de 70.047 MW médios, alta de 6,2% em comparação com o mesmo período de 2022. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o aumento está associado a onda de calor que passam pelo país, provocando um maior de ventiladores e ar-condicionado.

Clima seco em fevereiro
Clima seco em fevereiro

Do volume, 44.448 MW médios vieram do mercado regulado, crescimento de 7,6% na relação anual. O restante, 25.599 MW médios, foi fornecido ao mercado livre de energia, elevação de 3,8% frente a igual período do ano passado.  

Atividades econômicas 

Entre os 15 setores da economia com consumo de eletricidade monitorado pela Câmara, os maiores avanços foram registrados nos setores de extração de minerais metálicos (10,4%), comércio (9,4%), bebidas (8,5%), serviços (7,2) e alimentícios (6,7%). Apenas quatro setores registraram demanda menor: a indústria têxtil (-0,2%), saneamento (-1,0%), telecomunicações (-2,5%) e veículos (-4,7%). 

Consumo por região 

Quase todos os estados brasileiros, com exceção do Amapá, tiveram uma demanda maior de energia, com destaque para o Acre (24,1%), Mato Grosso (21,1%) e Maranhão (20,4%).

Geração

As hidrelétricas forneceram quase 50 mil MW médios para o Sistema Interligado Nacional (SIN), volume 10,6% maior na comparação com outubro do ano passado. Os parques eólicos produziram mais de 13 mil MW médios, avanço de 1,4%, e as usinas solares geraram mais de 2,8 mil MW médios, crescimento de 51,9%. 

“A boa performance dessas três fontes de energia renovável contribuiu para uma redução de 16,4% na participação das termelétricas, utilizados em momentos mais críticos do setor para garantir fornecimento para a população”, destaca a CCEE em informe.