A carga de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve chegar a 71.212 MW médios em janeiro, retração de 1,4%, ante a queda de 2,2% prevista na semana passada. A projeção do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) foi divulgada nesta quinta-feira, 19 de janeiro.
Segundo o boletim do operador, em janeiro, haverá aumento da carga principalmente em dois subsistemas: Norte, que deve terminar o mês com uma carga de 6.381 MW médios, alta de 11,6%, e no Nordeste, que deve fechar o mês com 11.507 MW médios, crescimento de 2,3%.
Para Sul e Sudeste/Centro-Oeste, o ONS estima retrações de, respectivamente, 5,6% (para 13.003 MW/med) e 2,8% (para 40.321 MW/med). De acordo com o operador, a estimativa para a próxima semana foi calculada com base na possibilidade de manutenção de temperaturas elevadas nas principais cidades dessas regiões.
Todos os dados apresentados comparam o percentual estimado para o final de janeiro de 2023 ante o mesmo período do ano passado.
Já o volume de água que chegará aos reservatórios do País continua acima de 90% da Média de Longo Termo (MLT), em todo o Brasil. O Sudeste/Centro-Oeste, onde se localizam cerca de 70% dos reservatórios interligados ao SIN, pode registrar 120% da MLT, ante 122% da edição anterior. Já o Norte sai dos 156% de MLT para 152%. Para o Nordeste, a estimativa de Energia Natural Afluente (ENA), ao final do mês, é de 106% da MLT, ante 108%. Por fim, o Sul manteve um comportamento de elevação na projeção de ENA, com 93% da MLT, ante 84%.
Diante das novas projeções de afluências, o ONS prevê que a Energia Armazenada (EAR) para 31 de janeiro nos quatro subsistemas deve ficar acima dos 60%, pela quarta semana seguida.
O Sudeste/Centro-Oeste pode fechar o mês com EAR de 69%, ante 67% do boletim anterior. Caso a projeção se confirme, será o percentual de EAR mais elevado para janeiro na região há 11 anos, quando alcançou 76,1%.
Os cenários prospectivos do ONS para os demais submercados são: 86,6% no Sul (ante 83,1% indicados no relatório anterior), 71%, ante 70%, para o Nordeste e o Norte com 98,4%, crescimento expressivo ante os 70,1% da semana passada.
O Custo Marginal de Operação (CMO) tem valor zerado pela quinta semana consecutiva e segue equalizado em todo o País.